“O PIDDAC aprofunda as assimetrias inter e intra-regionais”, dizem os membros da comissão política distrital do PCP. Conhecido o PIDDAC para o próximo ano, os comunistas referem que este vai ser mais um plano onde o distrito de Castelo Branco continua “confrontado com a ausência de investimentos necessários”.
Em comunicado à Imprensa, o PCP refere que este plano acaba por demonstrar as diferenças entre o litoral e interior, com o distrito a receber 0,62 por cento do PIDDAC nacional, menos de um ponto percentual. Mas também na distribuição de verbas dentro deste território “existem desigualdades”, com Castelo Branco e Covilhã a ficarem com 96 por cento das verbas destinadas ao distrito. Este documento acaba por “trair promessas eleitorais, condenando o distrito ao atraso e definhamento, à desertificação e abandono e ao subdesenvolvimento”, reiteram.
A construção de rodovias e barragens, ou melhor, a falta destas, é outro dos pontos que merece destaque na análise do PCP. Para os membros desta força partidária, o PIDDAC do próximo ano “nada diz sobre a verdadeira situação da construção do IC31, do IC6, da electrificação da Linha Ferroviária da Beira Baixa e da construção da Barragem do Alvito. Sabe-se que não estão construídas e que vai haver suspensão de alguns destes investimentos. A bem do rigor, da transparência e da verdade impõe-se que o governo dê informações sobre estas questões”.
Condições que fazem deste “um mau PIDDAC para o distrito e para o seu desenvolvimento”. O plano que está também ligado ao Orçamento do Estado irá contar com algumas propostas dos comunistas. Segundo os membros da distrital do PCP, vão ser apresentadas propostas na discussão do Orçamento na especialidade. Propostas essas que “vão ao encontro de necessidades de cada um dos concelhos e que tentam combater as assimetrias regionais e as injustiças sociais”, acrescentam.