As sonoridades das músicas interpretadas pelas “Moçoilas” foram conquistando a atenção dos 180 alunos estrangeiros que se reuniram no bar da Biblioteca Central da UBI para uma sessão de boas vindas. Este mês é dado o arranque das aulas e a UBI conta com alunos vindos de toda a Europa que escolheram a academia covilhanense, em detrimento de outras instituições nacionais.
Numa iniciativa que serve, acima de tudo, para mostrar a hospitalidade e a total abertura da UBI, Paulo Almeida, vice-reitor da academia com a pasta da internacionalização, lembra que a escolha da instituição beirã se deve muito “a todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido”. Os 180 alunos, de 13 nacionalidades, acabam por vir para a Covilhã, entre outras razões, “pela forma como aqui são recebidos e como aqui têm contacto com a cultura portuguesa”. A instituição serrana é agora escola de alunos provenientes da Bélgica, Bulgária, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, França, Itália, Letónia, Polónia, República Checa, Roménia e Turquia.
Para além de todo o esforço de promoção da academia “temos estabelecido novos protocolos, visitado universidades e falado com os nossos parceiros e isso acaba por criar uma imagem sólida e credível junto dessas instituições”, confirma o vice-reitor. Paulo Almeida recorre ao exemplo dos alunos polacos e espanhóis, a grande maioria dos Erasmus, para sublinhar que “a escolha da nossa instituição reflecte a nossa boa relação e forma de receber, mas também, o passar palavra dos alunos que já aqui tinham estado e que gostaram da experiência”.
João Leitão, administrador da UBI e responsável pelos Serviços de Acção Social da UBI também marcou presença nesta actividade. Segundo este responsável “a UBI tem uma acção social pensada como serviço de suporte, de apoio ao ensino e à internacionalização funcionando aqui não só na preparação das condições de acolhimento destes alunos deslocados, mas sobretudo, disponibilizando serviços de qualidade que possam contribuir para uma boa estadia”. Uma forma encontrada pela academia para estreitar as relações entre a comunidade ubiana e a comunidade externa. Para o administrador da instituição “a forma de discriminação positiva destes alunos funciona como um mecanismo de abertura aos mercados internacionais de estudantes universitários de ensino graduado e pós-graduado”. Até aqui, os SASUBI têm tido condições para acolher os alunos na sua rede de residências. Num futuro próximo “temos projectos em carteira que apontam para a existência de um investimento, por parte da UBI, com a participação do ministério da tutela, ou num esquema alternativo, para que possam existir mais residências e sejam criadas condições de alojamento para um número ainda maior de estudantes internacionais que trazem uma nova abertura e mais prestígio internacional à universidade”, evidencia o administrador.
Este ano, e pela primeira vez, os alunos estrangeiros que estudam na UBI durante este semestre ao abrigo do programa Erasmus, vão participar com um carro na tradicional latada da Recepção ao Caloiro. Apesar de não serem considerados pela AAUBI como “caloiros”, e como tal não estejam obrigados a cumprir o código de praxe, foi uma ideia muito bem aceite por todos e que está a contribuir para estreitar os laços de amizade entre estes e com os nossos estudantes, contribuindo de uma forma muita efectiva na sua integração académica e social. Esta tradição académica, muito comum nas associações académicas portuguesas, é vista com muito interesse pelos estudantes Erasmus, especialmente pela inexistência destas tradições nos vários países de onde são oriundos. “É mais uma forma de se integrarem na academia covilhanense, cumprindo desta forma um dos objectivos da mobilidade Erasmus que é tornarem estes estudantes, cidadãos internacionais plenamente integrados”, sublinha Paulo Almeida.
Esta iniciativa inédita conta com o apoio de todos os intervenientes e até nas aulas de português, que estes alunos frequentam, têm ajudado a decorar e a interpretar a letra que irá fazer parte da animação do grupo Erasmus durante a latada.