Reforçar a qualidade de investigação, mas também de apoio aos estudantes, são apostas para os próximos tempos, na UBI. João Queiroz, reitor da academia covilhanense, aproveitou a abertura solene do ano lectivo para abordar uma das áreas que mais transformação tem sofrido nos últimos tempos, a acção social.
Para o responsável máximo da UBI o apoio aos alunos deve ser um factor sempre presente na actuação da academia. Apoio que passa por diversas formas, não só através do financiamento dos estudos, mas “na própria qualidade do ensino e aprendizagem”. João Queiroz aproveitou o momento para sublinhar “a forte aposta nos Serviços de Acção Social”. Para o reitor, “o sucesso do ano escolar passa também pelo trabalho deste departamento”. Um sector que tem agora novos métodos e áreas de acção.
A academia covilhanense dispõe agora de uma ferramenta informática, desenvolvida para os serviços de acção social que “permite uma maior justiça na atribuição das bolsas”. Queiroz aponta para os aspectos positivos do novo programa. Segundo as simulações realizadas vão existir mais alunos a receber bolsas de maior valor. Um cenário que se consegue graças a “uma maior justiça na análise dos processos e atribuição dos fundos”.
O desporto vai ser uma das áreas de maior influência da UBI. João Queiroz lembrou o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em especial por João Leitão, administrador da academia. Um reforço no apoio às actividades e aos alunos, “o trabalho na programação de algumas actividades da Federação Académica de Desporto Universitário, na Covilhã e os protocolos com algumas instituições, nomeadamente o Sporting da Covilhã”, foram apenas alguns dos exemplos apontados pelo reitor.
Foi através da voz do responsável máximo pela UBI, que a comunidade ficou também a conhecer o calendário de execução do plano estratégico. Um documento que aponta as linhas gerais que devem nortear as apostas da universidade nos próximos anos. A importância de tais medidas é bastante significativa, daí que Queiroz tenha já apresentado o conteúdo deste processo “ao Conselho Geral, aos membros da academia, a funcionários e colaboradores”. Nas próximas semanas, o plano estratégico ficará disponível a todos para que os responsáveis pela academia possam recolher opiniões sobre o mesmo.
Neste documento estratégico deverá estar já contemplada a construção da nova residência académica. Uma estrutura pensada para acolher “investigadores que estejam a desenvolver as suas teses de doutoramento e pós-doutoramento”. Este é mais um passo no apoio que tem vindo a ser dado à investigação, destacou Carlos Salema. Na intervenção feita durante a sessão solene, o presidente do Conselho Geral lembrou a importância “que a actual equipa reitoral tem colocado nesta área tão nobre e importante para as universidades”. Salema, um dos mais conceituados especialistas nacionais na área das telecomunicações, mentor do Instituto de Telecomunicações e presidente do Conselho Geral da UBI, recorda que “só uma universidade com uma investigação a sério tem um ensino a sério”.
Rui Garcia, da comissão de gestão da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) aproveitou o momento para agradecer “de forma significativa a toda a equipa reitoral”. O ano lectivo que agora começa na academia vai também marcar, segundo este membro da AAUBI, “uma nova fase da associação”. As obras na sede, as eleições para Novembro e a imagem “que se conseguiu restabelecer durante este tempo” devem servir para esse mesmo objectivo, acrescenta. Num discurso que serviu para enviar alguns recados à comunidade, nomeadamente no facto da AAUBI representar seis mil alunos “e nem sempre ser encarada como uma instituição dessa envergadura”. Garcia espera que “alguns amargos” tenham terminado, especialmente os que têm origem em pessoas que olham para a AAUBI apenas pela possibilidade de lucro financeiro.