Filipe Barrancos é o fundador e CEO da PCmedic, a nova empresa da área da informática que opera na Covilhã. Depois de ter passado por Siemens, HP e So1s, entre outras, acabou por se lançar no mercado das novas tecnologias e abrir dois centros de atendimento, um em Lisboa e outro na Covilhã.
Na passada sexta-feira assinou um protocolo de cedência de instalações com a autarquia serrana que “confirma a aposta na cidade”. Um local onde “encontrei uma capacidade técnica impar, como nunca tinha visto em outro local do mundo”. Este engenheiro informático sublinha que o papel da Universidade da Beira Interior neste âmbito “acaba por ser fundamental”. Esta empresa que opera na área da informática, tem agora um dos seus centros a funcionar na Covilhã. A PCmedic presta serviços de apoio técnico a diversas entidades como a Portugal Telecom, a TMN, a Meo, a Sonae, a Worten, a Fnac, entre outras. A venda de aparelhos informáticos, por parte destas entidades, “tem depois uma vertente de apoio especialmente dedicado ao utilizador final nos âmbitos residencial e empresarial”, que é feito pela PCmedic.
O edifício que acolhia o Departamento de Urbanismo da autarquia covilhanense dá agora abrigo a esta empresa. Cerca de 800 metros quadrados que devem acolher cerca de 150 colaboradores que prestam apoio informático 24 horas por dia, sete dias por semana. Na escolha pela cidade serrana muito parece ter contribuído a UBI e a capacidade de formação de recursos humanos qualificados. Filipe Barrancos garante que para além das capacidades técnicas encontradas nesta zona do País, esta é a unidade da PCmedic que conta com 80 por cento de colaboradores com formação superior. “Tem sido crucial este valor acrescentado” e por isso mesmo, “a estratégia de internacionalização, desenhada para Espanha, vai passar por aqui”, reitera o CEO da PCmedic. Este centro de apoio vai agora começar também a receber serviços de Espanha e a “cimentar a posição dominante na nossa área”. O responsável máximo pela empresa destaca também a possibilidade de parcerias mais estreitas com a UBI. A formação dos recursos humanos é “uma constante na empresa”, daí que a relação com academia e com as tecnologias de ponta “seja essencial”. Muitos dos colaboradores “acabam por escolher a nossa empresa por promovemos um crescimento curricular permanente”.
Um conjunto de aspectos que deixam no horizonte o crescimento da empresa em número de colaboradores. Filipe Barrancos é o primeiro a admitir essa possibilidade, mas “só depois de um período de instalação”. O número de colaboradores na “cidade neve” deve alcançar a centena até ao fim do ano.