No âmbito da IV edição da Semana do Bebé, o Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) promoveu, na passada semana, uma acção de rastreio de terapia da fala. A iniciativa decorreu nas instalações do Continente/Serra Shopping da Covilhã e contou com a presença das terapeutas da fala do CHCB.
Dina Paula Menino, profissional de Terapia da Fala, revela que cerca de 15 crianças, com idades entre os 5 e os 7 anos, realizaram um “teste de articulação verbal”. A terapeuta explicou ainda que o objectivo dos rastreios é “detectar patologias não sinalizadas e relacionadas com a comunicação, através da articulação de uma série de palavras”.
A profissional do CHCB salientou ainda que, as dificuldades de comunicação verbal nas crianças são frequentes em idade pré-escolar e escolar, mas podem ser manifestadas das mais diversas formas. “Pais e educadores devem estar atentos a determinados sinais e comportamentos. É necessário dar importância à criança que com dois anos não fala, não compreende, não reage ao seu nome, não responde verbalmente a perguntas simples e não cumpre ordens” explica Dina Paula Menino.
A terapeuta realça ainda que “a criança que não se inteira, que não brinca, que está sozinha e não interage poderá, posteriormente, apresentar na escola e em situação de avaliação, dificuldades significativas ao nível da articulação verbal”.
Uma vez detectados os problemas na fala e pronúncia, o tratamento deve iniciar-se o mais depressa possível, sendo determinado com base no quadro clínico apresentado por cada criança, revela Dina Menino. As sessões terapêuticas podem ser semanais e incluem um “ambiente lúdico e didáctico”.
Carla Nascimento, mãe de uma das crianças participantes no rastreio, considera a actividade “muito interessante e positiva”. Adianta que “é sempre bom saber a opinião de um profissional quando em jogo está o desenvolvimento verbal e cognitivo de um filho”.
Dina Menino refere que “actualmente são muitos os pais que recorrem à Terapia da Fala” e que esse facto se deve em grande parte aos rastreios que têm vindo a ser feitos. “Caso seja aqui detectado algum tipo de problema, os pais ficam desde já com esse conhecimento e são aconselhados. Recebem ainda orientação terapêutica e são encaminhados para o médico de família que sinalizará as dificuldades patentes na criança” revela a terapeuta.