Com o início de um novo ano lectivo, a cidade da Covilhã enche-se de estudantes em busca de novas experiências e aprendizagens, mas também de um local para morar. A escolha nem sempre é fácil e os imensos anúncios espalhados pela universidade e pela cidade tornam a tarefa num verdadeiro desafio.
As residências universitárias dos Serviços de Acção Social da Universidade da Beira Interior (SASUBI) e os inúmeros quartos e apartamentos para arrendar são as principais soluções disponíveis para a comunidade estudantil.
A semana das matrículas transforma-se assim num verdadeiro mercado de arrendamento. Para além das ofertas afixadas por todo o lado, concentram-se à porta da instituição proprietários de casas e quartos, e até mesmo algumas imobiliárias.
Ermelinda Ferreira é agente imobiliária na Covilhã e explica como procura ajudar os novos alunos no processo de arrendamento. “Primeiro, tenho de saber qual o curso do aluno para o poder enquadrar numa casa junto do pólo que vai frequentar” revela. A proximidade é assim o primeiro factor a ter em conta, mas na hora de escolher, são também as famílias dos novos alunos “que decidem qual reúne as melhores condições tendo em conta o preço do quarto”, garante a agente imobiliária.
Se a proximidade é um factor importante, Ermelinda Ferreira não tem dúvidas que há outros factores que pesam na escolha do alojamento. “Os estudantes vêem o quarto como a sua casa, por isso procuram sempre algo bem mobilado, com conforto, qualidade e com Internet, visto que é algo importante”. Melhores condições podem significar preços mais elevados, mas em média um quarto com estas características pode ter “uma renda entre os 100 euros e os 150 euros” acrescenta Ermelinda Ferreira.
Nuno Silva, de 17 anos, entrou no curso de Ciências da Comunicação e na procura de alojamento contou a ajuda dos amigos. O estudante confessa que “não tinha referências boas da residência e como tinha um amigo já a estudar na UBI, optei por morar na casa dele”. As condições da casa e o convívio pesaram na escolha de Nuno, que “prefere pagar um pouco mais do que ir para uma residência”.
Opinião diferente tem Fernando Cardoso. O aluno, de Ciências da Comunicação também chegou este ano à Covilhã e não pensou duas vezes na hora de escolher alojamento. “Tenho um irmão no 3ºano da licenciatura e ele já estava alojado numa residência, por isso achei que era a melhor solução também para mim. O ambiente é acolhedor e as pessoas são hospitaleiras”, revela o estudante.
Com o final do período de matrículas encerra também a procura de alojamento por parte dos jovens. No entanto, para alguns, a tarefa de encontrar a casa ou o quarto certo para morar é um processo que se prolonga ao longo de todo o ano, visto que nem sempre os alunos se adaptam à sua primeira escolha.