As ligações às entidades exteriores são um dos pontos mais significativos na política de gestão da academia covilhanense. Foi nesse sentido “que pensámos um conjunto de formações destinadas aos recursos humanos das empresas da região, mas que estão abertas a todas as pessoas que mostrem vontade em participar”, começa por dizer Victor Cavaleiro.
O responsável pelo Centro de Formação Interacção UBI Tecido Empresarial (CFIUTE) sublinha a importância dos cursos que agora estão a decorrer naquela estrutura. Actividades de especialização em diferentes áreas, “criadas para responder às necessidades de formação dos quadros das empresas”, mas também “contemplámos temáticas gerais, abertas a todas as pessoas que queiram aprofundar conhecimentos sobre diversos temas”. Durante os meses de Agosto e Setembro, são várias as formações que se realizam no edifício localizado junto ao Pólo das Engenharias. Uma aposta na formação ao longo da vida que vai desde cursos mais técnicos como Análise de Dados com SPSS, Dreamweaver, Photoshop e Iniciação à Modelação 3D, até actividades de carácter mais geral, como Primeiros Socorros, Iniciação à Fotografia e Protocolo e Relações Públicas.
Para além da vasta abrangência, estas formações “decorrem em período de Verão e em horários pós-laborais”. Para Victor Cavaleiro, encontra-se uma forma de continuar com actividades na academia, no período de férias e uma oportunidade “de responder às pessoas com necessidades formativas, mas que nem sempre, têm disponibilidade de se ausentarem do seu local de trabalho”.
Na página online do CFIUTE estão todas as informações sobre os cursos e as datas de realização. Formações que contam com o apoio do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH). Um programa que incentiva as empresas a apostarem na formação dos seus quadros. Daí que a universidade “tenha criado este espaço e esteja agora a dinamizá-lo com todo o tipo de cursos, promovendo assim novas oportunidades de acesso ao conhecimento, e uma concreta e prática ligação ao tecido empresarial”. As actividades que agora vão ser ministrados surgem depois de um levantamento das necessidades de formação, junto das empresas. O vice-reitor responsável pela ligação ao exterior lembra também que “sem as empresas investirem na formação dos seus quadros, não haverá melhoria e igualdade aos restantes países europeus”. Uma das grandes apostas na melhoria da competitividade, da igualdade e da inovação “está precisamente na formação dos recursos humanos”. Como a maior parte das empresas não consegue ter capacidade económica para fazer face a este tipo de necessidade, “recorrem à UBI e é aqui que têm tido resposta”.
Para Cavaleiro, “a gestão das empresas envolve o capital económico, a responsabilidade social, mas também, a requalificação do capital humano”. Nesse sentido, as formações agora ministradas pelo CFIUTE têm “uma marca de qualidade”. Para além dos formadores e dos cursos ministrados, junta-se um historial de vários anos de trabalho daquele centro “e dos seus recursos, quer em instalações, quer em material informático, como noutros elementos de apoio”.
Segundo o responsável pelo CFIUTE, para as formações que agora estão também abertas a todos os interessados, “colocámos um cuidado muito significativo na selecção dos orientadores”. O vice-reitor da instituição covilhanense aponta para a ligação “a pessoas que estejam em empresas, que conheçam a área sobre a qual vão falar e que tenham já provas profissionais reconhecidas”. Um ponto que “fomenta a qualidade da formação”, mas que também “serve de ligação ao mundo empresarial”. Para Victor Cavaleiro esta é uma temática basilar quando se aborda a questão da qualificação. Contar com a ajuda e os conhecimentos “de profissionais da área e de pessoas que trabalhem efectivamente no terreno, acaba por ser uma melhoria, em relação a formações ministradas noutros locais”. No leque formativo agora disponibilizado pelo CFIUTE “existe uma grande aposta no acompanhamento individualizado do aluno, mas também uma ligação às empresas e ao ensino teórico-prático”, reitera Cavaleiro.