A ligação entre a academia covilhanense e a concessionária da Auto Estrada da Beira Interior vem de há vários anos. O protocolo agora assinado entre as duas entidades “vem reforçar alguns pontos de cooperação e acentuar o apoio da academia às entidades exteriores”, explica João Queiroz. O reitor da UBI e Levi Ramalho, director geral da Scutvias, firmaram o novo acordo no passado dia 23.
Um protocolo “que chega na melhor altura” garante o engenheiro responsável pela concessionária da auto-estrada tem um dos troços em obras. Trata-se de uma extensão de 20 quilómetros entre Castelo Branco e a Soalheira. Intervenção essa “que vai já contar com o apoio dos meios humanos e técnicos da instituição de ensino superior”. Levi Ramalho explica que a concessionária tem na UBI uma instituição de grande apoio “como é o caso da actual intervenção onde os técnicos vão dar alguns pareceres e vamos também contar com o apoio dos laboratórios da academia para realizar testes a materiais”. Um protocolo que por outro lado “tem o apoio da concessionária para acolher projectos da academia”. A intervenção que agora decorre no lanço Castelo Branco/Soalheira, durante os próximos meses “é uma intervenção tão profunda que vai chegar ao nível das fundações da estrada e dos seus revestimentos”. Daí que “vamos aproveitar todo o conhecimento dos meios humanos da universidade e sobretudo os seus equipamentos laboratoriais para efectuar diversos testes”, diz o engenheiro da Scutvias. Este intercâmbio “vai permitir que sejamos assessorados por profissionais de várias áreas”.
Recorde-se que existem já algumas intervenções feitas pela UBI na mais importante via rodoviária da região. A universidade tem vindo a apoiar a monitorização de vários parâmetros naquela estrada, como é o caso da qualidade de ar e a quantidade de resíduos. Uma relação “que tem sido um belíssimo exemplo daquilo que deve ser uma verdadeira parceria. A UBI tem sido uma óptima instituição, sempre de portas abertas, sempre disponível, e no caso da monitorização, da água, do ar e do ruído, aspectos a que estamos obrigados a apresentar com relatórios periódicos; a postura e o apoio da universidade é basilar para os belíssimos resultados que temos conseguido.
A própria Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a quem nós apresentamos todos os resultados, tem sublinhado essa mesma postura”, acrescenta Levi Ramalho.
Nesse sentido, o novo protocolo vem reforçar aspectos que podem ser implementados na via “que proporcionem à comunidade um serviço de qualidade”. Para além de um reforço e aproveitamento do conhecimento científico presente na academia para continuar a gerir aspectos da auto estrada “no âmbito dos seus princípios de desenvolvimento sustentável, em termos económicos, sociais e ambientais, com o recurso à inovação, à formação e desenvolvimento potencial dos recursos humanos que a UBI consegue produzir”, adianta o director geral.