As portagens na A-23 começaram por lançar a discussão entre os deputados da Assembleia Municipal da Covilhã. Três moções foram apresentadas no plenário e todas elas abordavam a temática das portagens. O Partido Social Democrata (PSD), em maioria neste órgão, apresentou um documento de apoio à implementação de portagens nas auto-estradas sem custos para o utilizador, onde se inclui a A-23. Contudo, a mesma proposta avançava ainda com a ideia da discriminação positiva, ou seja, os moradores e empresários da região pagariam uma tarifa mais reduzida. Já o Bloco de Esquerda e o PCP acabaram por apresentar documentos que defendiam a não aplicação de portagens nestas vias.
Depois de alguma discussão, de uma tentativa de uniformizar as propostas, estas acabaram por ser votadas, passando apenas o documento apresentado pela maioria “laranja”. Contudo, a maior surpresa acabou por vir da bancada socialista que se absteve nas três votações.
Também o encerramento de escolas acabou por ocupar grande parte do debate. Diversos presidentes de junta manifestaram-se contra a intenção do Governo que vai no sentido de transferir todos os alunos dos estabelecimentos que apresentem menos de 20 alunos. Para João Ferreira, presidente da Junta de Freguesia de Vales do Rio explica que a ser tomada tal decisão “será a morte das freguesias”. O autarca, um dos subscritores de uma carta aberta ao governo contra a intenção do executivo socialista encerrar escolas, aponta que “a alma das freguesias está nos estabelecimentos de ensino e o encerramento destes é o fim das localidades”. O autarca social-democrata que dirige a Câmara da Covilhã parece também entender a situação da mesma forma e garante que a autarquia não dará aval positivo para o encerramento de estabelecimentos escolares no concelho.
 Outra das decisões que resultaram deste encontro foi também a aprovação do Plano de Urbanização da Grande Covilhã e do Plano Pormenor dos Penedos Altos. Dois documentos que estiveram em discussão pública nos últimos meses e que sofrem agora alterações. O Gabinete Técnico da Câmara da Covilhã apresentou assim a versão final das propostas que foram recolhidas ao longo do tempo de discussão pública. No caso do Plano de Urbanização da Grande Covilhã chegaram até aos serviços da autarquia um conjunto de 23 reclamações. Mas os técnicos camarários apenas consideraram duas delas. Já no caso do Plano de Pormenor dos Penedos Altos, existiu uma reclamação em relação ao projecto inicial, mas esta acabou por não ter provimento por parte da câmara.
Este documento é um plano urbanístico que determina a forma de crescimento da área urbana que vai desde o Tortosendo até ao Teixoso. Estão agora assinalados dos novos limites de construção e as tipologias dos edifícios. O plano de urbanização identifica ainda diversas áreas de futura construção dentro dos seus limites e apresenta os novos índices de edificação de habitações.