“Memórias que Contam”, é o título do livro que pode ser considerado como uma biografia do Coro Misto da Beira Interior. Luís Cipriano, maestro daquele grupo é também o autor de uma obra que foi apresentada ao público na passada semana, Ana Igreja de São Tiago, na Covilhã.
Cerca de 200 páginas servem para contar 20 anos de actividades, de altos e de baixos de um dos mais premiados e reconhecidos grupos musicais amadores do País. Em dia de festa, numa data em que antigos e actuais músicos do coro se reuniram para assinalar os primeiros 20 anos de vida deste grupo, foi apresentado o primeiro volume de um projecto de Luís Cipriano.
Esta nova publicação acaba por passar em memória os momentos mais significativos de todos aqueles que já fizeram ou fazem parte do coro. Desde os prémios conseguidos em Portugal e no estrangeiro, desde a visita a João Paulo II, no Vaticano, passando por actuações num vasto conjunto de países, todas as histórias são agora reveladas. Para o maestro, este é “um livro polémico”, semelhante à actuação do coro.
A obra, apresentada por António Leal Salvado, mostra a capacidade e a força de resistência do grupo musical. Ao longo do livro, o autor acaba por revelar episódios desconhecidos do grande público. A relação com o poder político, nomeadamente com o poder autárquico, a tentativa de silenciamento do coro, mas também as conquistas nacionais e internacionais que os músicos têm conseguidos ao longo de duas décadas.
Num dia de festa, Luís Cipriano confessou que poderá vir a escrever um segundo volume do livro, mas desta vez o músico gostaria mais de dar “outra música”, mais positiva, ao texto.