“Esta certificação IDI significa que foi reconhecido o esforço que a empresa tem tido nos últimos anos na investigação de novos materiais e produtos, na procura constante da inovação”, explica João Nuno Serra, director geral da empresa.
A Enforce, instalada na Covilhã desde 2001, tem vindo a dar cartas no sector das energias renováveis. Para além de certificações de qualidade e de gestão, esta PME acaba de se tornar a primeira, em Portugal, a conseguir o documento emitido pela Empresa Internacional de Certificação (EIC) com a Certificação em IDI - Investigação, Desenvolvimento e Inovação.
Esta certificação vem agora reforçar o papel da empresa na aposta de novas soluções tecnológicas, na investigação própria e no alargamento do leque de serviços oferecidos aos potenciais clientes. Para João Nuno Serra, o trabalho realizado em torno das exigências solicitadas para a obtenção desta certificação fizeram deste “um desafio muito importante para nós, porque somos uma empresa de pequena dimensão que tem cultura de investigação, desenvolvimento e inovação. A diferenciação dos nossos produtos, é uma consequência da inovação aplicada e uma certa insatisfação constante, sobre aquilo que nos rodeia”.
A certificação ocorreu no mês passado, tendo a Enforce, igualmente alcançado a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade e PME Líder. Recorde-se que até aqui, apenas grandes e médias empresas, num total de 24, foram certificadas em IDI, pelas três entidades – EIC, APCER e SGS – acreditadas para a certificação em IDI, em Portugal.
Para o futuro, o director geral pretende internacionalizar os serviços. A Enforce tem duas marcas próprias – Microforce PV e Tracker – que têm conquistado o mercado nacional e prepara-se para apresentar na Feira Internacional de Luanda, de 20 a 25 de Julho, um novo produto, especificamente destinado ao mercado angolano. Em África, a empresa pretende entrar em Cabo Verde enquanto, na Europa, está de olhos postos em Espanha, onde já tem uma presença significativa, e, também, na Bulgária.
Segundo João Nuno Serra, apesar da crise internacional, em 2009, “o crescimento da empresa foi de 214 por cento face ao ano anterior, comprovando-se que foi certa a aposta que fizemos há alguns anos”. No sector energético, a Enforce é uma das empresas que mais cresceu, tendo facturado um milhão e trezentos mil euros, o equivalente a um aumento superior a 200 por cento em relação a 2008.
A empresa tem neste momento nove trabalhadores. Um número que deverá aumentar, caso sejam confirmadas as expectativas de crescimento admitidas pelo seu responsável.
“Estamos optimistas para este ano”, disse João Nuno Serra prevendo encerrar o ano de 2010 com mais de dois milhões de euros de facturação. “Chegámos ao final do primeiro semestre com um milhão e 200 mil euros pelo que atingir dois milhões de euros é uma meta perfeitamente ao nosso alcance”, observou.