“A colaboração com o exterior é uma das marcas desta equipa reitoral”, disse João Queiroz, durante a apresentação de dois livros na UBI, na passada semana. O reitor da instituição covilhanense, que falava para uma plateia de portugueses e brasileiros sublinhou a importância da internacionalização das universidades e do conhecimento e a promoção de actividades conjuntas.
Foi na Real Fábrica Veiga que decorreu a apresentação dos livros “Cooperação entre Empresas, Clusters, Redes de Negócio e Inovação Tecnológica” e “Governança Estratégica, Rede de Negócios e Meio Ambiente: Fundamentos e Aplicações”, ambos da Colectânea Luso Brasileira. Publicações compostas por vários documentos científicos que vão da gestão das empresas, ao marketing, passando pelos sistemas de informação e políticas económicas, entre outras temáticas. Livros organizados por Mário Franco, João Leitão, Francisco Severo de Almeida e António Guimarães.
Depois de um trabalho conjunto de docentes e investigadores, quer de Portugal, quer do Brasil, surgem agora dois novos livros que abordam um significativo leque de temas. Publicações científicas pensadas durante projectos partilhados que acabam por mostrar “o significado do esforço e da importância da internacionalização das universidades”, acrescentou João Queiroz.
Na mesma linha parece estar Veiga Simão. O antigo ministro da Educação e embaixador de Portugal nas Nações Unidas aproveitou as palavras de João Queiroz para também se mostrar defensor dos projectos interinstitucionais. Formas de trabalho que “são modelos sustentáveis para o crescimento das instituição". Até porque, o futuro das instituições académicas, no entender de Veiga Simão, "passa pelo desenvolvimento de espaços de partilha económica, científica e cultural, sobretudo com países que nos são próximos, como é o caso do Brasil". Para o antigo embaixador de Portugal nas Nações Unidas, quando Portugal aderiu à Comunidade Económica Europeia, "acabou por ostracizar alguns países externos, com os quais tinha uma maior proximidade".
Num tempo de crise e pessimismo, Veiga Simão quis sublinhar que “existem sinais positivos nas universidades para dar resposta a toda esta problemática, mas para isso há que aumentar a massa crítica, a qualificação dos recursos humanos e dar credibilidade ao ensino”. Por isso mesmo, “o maior desafio das universidades é o desenvolvimento de uma cultura de rigor e trabalho. A UBI tem aqui a oportunidade de ocupar uma posição singular na liderança deste espaço”, rematou o antigo Ministro da Educação.
Fernando Paulouro, director do “Jornal do Fundão” foi outro dos oradores convidados para esta apresentação. O jornalista começou por frisar um aspecto crucial do conhecimento, “o seu estilo nómada”. A internacionalização e cooperação de universidades é uma aposta que serve também “para a partilha de um conhecimento que não pode ser travado por fronteiras geográficas”, referiu.