Urbi@Orbi – Quem é o Marco de Oliveira enquanto engenheiro informático do Labcom?
Marco Oliveira – [Ouvir resposta] – Tirei o curso de matemática e informática cá na universidade e recentemente tirei o mestrado em engenharia informática. Entrei para o Labcom como bolseiro de investigação científica e até agora cá estou a assistir a todos os projectos do Labcom. A ligação que eu tenho com o Urbi é desde 2006.
Urbi@Orbi – O que lhe chama atenção nas páginas da internet?
Marco Oliveira – [Ouvir resposta] – Há vários aspectos. Aquilo que me chama atenção e que tentamos introduzir nesta nova actualização do Urbi foi a parte da usabilidade, a parte do design actual e a parte das novas tecnologias associadas à web. A web teve várias versões: aquilo que me chama atenção é o bom design, no sentido de ser útil, visível e de ser pensado para o leitor.
Urbi@Orbi – Porquê uma página do jornalismo on-line?
Marco Oliveira – [Ouvir resposta] – A mim também me interessa o jornalismo, e a minha ligação com o Labcom permitiu-me estar, de igual modo, ligado a ele. Eu gosto das coisas claras, concisas e eficazes, e gosto de ver isso nas páginas da web, e com o URBI interessa-me tudo aquilo que esteja estudado e toda a psicologia do visitante/ leitor.
Urbi@Orbi – Qual o propósito de ligar a informática à comunicação?
Marco Oliveira – [Ouvir resposta] – Eu vejo a informática em todos os ramos de actividade como uma óptima ferramenta para ajudar as outras profissões, nomeadamente os jornalistas. Agora já vemos jornalistas específicos para aquele tipo de jornalismo – escrever para a web - e nesse sentido, a informática ainda não deu tudo ao jornalismo. Perceber o que o jornalista está a fazer e onde está, ajudá-lo no trabalho e na pesquisa, é talvez o que a informática tem para oferecer ao jornalista.
Urbi@Orbi – O facto de a informática, e a tecnologia, estar muito avançada, não pode pôr em causa a figura do jornalista?
Marco Oliveira – [Ouvir resposta] – Não. Eu acho que estas ferramentas são feitas pelos informáticos para os jornalistas. Nesse sentido, o jornalista vai ter sempre aquele papel de pessoa que aglomera toda a informação, trabalhando-a para o seu leitor.
Urbi@Orbi – Porquê de trabalhar no Urbi?
Marco Oliveira – [Ouvir resposta] – Tanto a informática como o jornalismo são áreas que me interessam. O meu percurso profissional e de investigação foi sempre ligado à área da comunicação e da informática, e é por isso que eu tento fazer essa ponte, essa ligação entre as duas áreas.
Urbi@Orbi – Qual é o seu trabalho principal no Urbi?
Marco Oliveira – [Ouvir resposta] – São mesmo as páginas da internet: a página do Labcom, a página da editora do Labcom, do Urbi, Tubi, Rubi…
Urbi@Orbi – Há alguma regra a seguir para a criação de páginas na web?
Marco Oliveira – [Ouvir resposta] – Há. Há, de facto, empresas que avaliam os sites, havendo prémios. Esta avaliação centra-se em cinco ou seis características, e nós tentamos seguir esses aspectos.
Urbi@Orbi – Usou-se algum site como modelo para a criação do Urbi?
Marco Oliveira – [Ouvir resposta] – Nós fizemos um estudo dos grandes jornais mundiais, a maneira como eles estão apresentar a informação, tanto a nível de menus, cabeçalhos, imagens, destaques…e nesse sentido fomos pesquisar no New York Times, ao BBC, EL País, e a todos os jornais portugueses. De acordo com o que encontramos na pesquisa e aquilo que pretendíamos oferecer resultou o actual Urbi.
Urbi@Orbi – Como é que o Urbi evoluiu?
Marco Oliveira – [Ouvir resposta] – Ao longo do tempo o Urbi manteve mais ou menos a mesma estrutura, o mesmo design, isto até 2006, a partir daí fomos adaptando o URBI. Agora, em 2010, mudou-se completamente o design, as cores, entre outros aspectos. No entanto, julgo que ainda há muito para fazer, mesmo a nível do design. Criar um jornal com mais cor, mais vida, com mais imagens, infografia, etc., é o que procuramos fazer. A nível da informática também há ainda muitas coisas para fazer.
Urbi@Orbi – Já têm projectos futuros para o Urbi?
Marco Oliveira – [Ouvir resposta] – Sim. No futuro os jornal, tanto o Urbi como os outros, vão mudar a sua estrutura. Gostaria, futuramente, de dar primazia à largura do que ao comprimento, não é fácil porque obriga a mais colunas, mas são formatos a estudar, tal como fizemos para o iphone, futuramente vamos estudar um Urbi 16x9. Queremos também que quando uma notícia seja aprovada vá directamente para a página de grupo nas redes sociais. A linha de investigação para a entrega de notícias para o leitor passará por duas coisas: o 16x9 – mais largura que comprimento – e os novos dispositivos, neste caso o ipad. Pretendemos também integrar mais elementos multimédia. Para já são estes os projectos que temos em vista para o Urbi.