Para os três vereadores eleitos pelo Partido Socialista, que exercem os seus mandatos na Câmara da Covilhã, o apoio às famílias mais carenciadas não passa apenas por uma habitação com renda económica. Nesse sentido, João Carlos Correia, Vítor Pereira e Graça Sardinha esperam que “o empenho da autarquia na melhoria das condições de alojamento, deve ter igual compromisso na resolução das dificuldades de adaptação à nova habitação (habitação normal) por parte de tais famílias e às condições envolventes ao conjunto habitacional, bem como a um mais vasto conjunto de problemas como os da deficiência, o alcoolismo, a dificuldade de inserção no mercado de trabalho, o insucesso e abandono escolar e a falta de cuidado de idosos, jovens e crianças”.
Para os três vereadores, a autarquia “tem desenvolvido um esforço considerável no domínio da habitação social, nomeadamente através da construção de habitações económicas e sociais, onde têm sido alojadas famílias de reduzidos recursos financeiros”, mas com esta actividade “não tem sido desenvolvido um trabalho, que reputamos fundamental, que visa a integração e o acompanhamento das famílias, que não deve ficar-se pela atribuição das habitações e pela conservação e manutenção das mesmas”.
Na óptica dos socialistas, a autarquia deve ter um papel mais relevante no acompanhamento social da população, promovendo acções de sensibilização que levem a uma utilização mais prudente das habitações, conservação dos espaços comuns e dinamização da interacção social e comunitária. Um tema avançado na passada sexta-feira, 4 de Junho, em reunião camarária. Um encontro que serviu também para a actualização do valor mínimo das rendas da habitação social. A autarquia serrana passou de 45 para 50 euros, o valor mínimo da renda.
Um montante que “pode criar distorções e injustiças de difícil reparação para muitas famílias que já vêem as suas condições de vida agravadas em tempo de crise”. Pelo que “propomos que actualização do valor mínimo das rendas de habitação social do município da Covilhã só se efectue após o levantamento da realidade social e económica da população realojada e que tal actualização se efective através do sistema de escalões”, referem os eleitos socialistas.