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Capinha contra encerramento de escolas
Eduardo Alves · quarta, 9 de junho de 2010 · A Junta de Freguesia da Capinha já reagiu ao possível encerramento da escola primária que funciona na localidade. Rogério Palmeiro, autarca eleito pelo PSD, garante que a decisão governamental não pode ser aplicada, até porque, se isso acontecer o Interior desaparece. |
A escola da Capinha, que no ano passado foi remodelada, pode ver as suas portas encerradas no próximo ano lectivo |
21974 visitas “No dia em que nas nossas aldeias se deixar de ouvir o som da campainha da escola é sinal que a escola morreu, é sinal que a nossa aldeia morreu”. Assim reage Rogério Palmeiro, presidente da Junta de Freguesia da Capinha à possibilidade da escola primária desta localidade ser encerrada, já a partir do próximo ano lectivo. |
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Comentários: As autarquias locais têm na sua génese quatro princípios fundamentais, a autonomia local, o da subsidiariedade, da descentralização territorial ou administrativa e, por fim, o da coesão territorial. Os recursos devem ser distribuídos com equidade, favorecendo as regiões com menores rendimentos, e devem ser estáveis e previsíveis. A situação económica e financeira do país, os défices públicos aumentaram não pelos desmandos do sector público, mas sim pelos desmandos do sector financeiro e da péssima governança Alguém quer ficar na história por ter reduzido o país a uma faixa de 50km a partir do mar?? Estou cansado de ouvir tanta mentira em Portugal , a política deve ser feita com ética, com verdade e com frontalidade.. Todos estes senhores não são donos de Portugal, estão temporariamente a gerir os seus destinos e nos últimos tempos da pior forma. Não são dignos de "pisar" uma parte do território para o qual nada fazem no sentido de ter um futuro sustentável. Enquanto os políticos não alterarem a sua forma de actuação, não tiverem o bem-público como o mais importante objectivo, e não definirem um projecto para o país, é natural que a situação venha a agravar-se. A democracia portuguesa está desacreditada e os portugueses estão desiludidos e decepcionados com a péssima performance dos políticos. Obviamente o problema não se encontra na Democracia, mas nos actores. É por isso importante que cada um de nós manifeste o seu descontentamento, mas de uma forma activa. O limite da participação de cada um é o limite da sua imaginação individual. Com a nossa colaboração e participação estaremos a contribuir para a construção de uma Europa e de um Portugal mais democráticos e com políticos mais competentes. Carlos Soares Milheiro Por: milheiro.cms@gmail.com em: quarta, 9 de junho de 2010
É uma política cega, obcecada por meros critérios quantitativos. Mais uma medida tomada em cima do joelho e sem análise no terreno com quem sabe o que se passa. Isto é o símbolo da degradação colectiva a que chegámos. A desertificação do interior agravar-se-ia inevitavelmente. Os políticos «de todos os quadrantes» reconhecem as dificuldades do interior, logo devem dar expressão ao que dizem, só assim, seremos um país solidário e justo. Aliás, já alguém disse que a melhor maneira de ajudar o litoral é investir no interior A desertificação das actividades humanas é alarmante no território nacional, fruto do abandono da agricultura, da falta de investimentos, de empregos, das escassas infra-estruturas. Têm a palavra os nossos eleitos locais os autarcas "têm competência legal", para discordar do fecho das escolas no seu concelho. E se o governo impuser por decreto não respeitando as cartas educativas, o governo que assuma as competências transferidas - nomeadamente a Acção Social Escolar, transportes e conservação dos edifícios e as futuras indemnizações dos auxiliares de educação e docentes a dispensar Mais uma virtuosa poupança!!! Nenhum governo, se pode guiar apenas por critérios estatísticos, o encerramento massivo de serviços públicos, deveria estar sujeito a estudos de impacto social. Na putrefacta situação em que o País se encontra é necessário mobilizar os portugueses, impondo-se uma liderança credível, um discurso de verdade, a chamada "luz ao fundo do túnel". O papel do Estado não deve ser reduzido, antes pelo contrário, há que discriminar positivamente o interior do país; atacando com coragem o grave problema da desertificação, seja de que cor política for; não deixe de olhar para o país como um todo; evitando assim, o abandono de uma grande faixa do território nacional. O Mapa PIN de Portugal é, ele próprio, o espelho do Mapa da Desertificação, do Desequilíbrio e do Despovoamento, concentra os grandes investimentos no litoral, sendo pouco significativo o número dos que se irão implantar no interior de Portugal. O interior não precisa de caridadezinha , exige que lhe dêem a oportunidade de sobreviver, e de se desenvolver em pé de igualdade de direitos com o resto do país. Carlos Soares Milheiro - Capinha Por: cm.milheiro@sapo.pt em: quarta, 9 de junho de 2010
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