Foi uma tartelete de salmão com cerejas, elaborada pela CVO Elishout School Coovi, de Bruxelas, que abriu a segunda das três noites do Festival da Cereja na Escola Profissional do Fundão. O repasto contaria ainda com um Lobo do Mar sobre cama de endívia belga e manteiga de cereja e com pluma ibérica com creme de aipo e molho de cereja, pratos confeccionados pela IES Vaguarda de La Palma, Salamanca e um Parfait de Licro Beirão e Bavaroise de Cereja, sobremesa assinada pelos alunos da IES Francisco Salinas, também da cidade espanhola de Salamanca.
Exemplos vivos da utilização da cereja, um fruto que se tornou já marca do Fundão. A Escola Profissional do Fundão promoveu assim o seu décimo festival gastronómico. Um evento que está já implantado entre este tipo de eventos, não só em Portugal, como nos principais destinos europeus.
Henrique Dias, director-geral da escola não se cansa de sublinhar a importância deste tipo de evento para a instituição que dirige, para o concelho e até para a própria região. “Acolher aqui um conjunto tão vasto de alunos e docentes europeus, é já um sinal bem representativo dessa importância”. Este décimo ano serviu, mais uma vez, “não só para mostrar as potencialidades da cereja, como também da escola e das formações que esta ministra”. Um espaço novo, instalado numa das zonas de expansão da cidade, merece agora o apreço de todos os que por ali passam. Desde belgas, a franceses, passando por espanhóis e alunos portugueses vindos de outras cidades, todos parecem fazer notar as boas condições que este espaço apresenta.
As oito escolas que este ano passaram pelo Fundão, confeccionaram diferentes pratos, ensaiados ao longo de três dias, num festival de cerejas. Mostrar as potencialidades deste fruto “Mas também dar a conhecê-lo mais intensamente noutras paragens” continuam a ser objectivos presentes nesta actividade. Henrique Dias está agora empenhado no passo seguinte, “um livro de receitas, com todas as fichas técnicas e explicações dos pratos que foram sendo confeccionados ao longo do festival”. A obra, que irá sendo completada nos próximos tempos, deve ser apresentada dentro de um ou dois anos. Um livro que “para além de informações sobre a cereja e a região, apresentará receitas e utilizações deste fruto”. Henrique Dias espera também conseguir os apoios necessários para a tradução do livro para inglês, francês e espanhol.
Quer as novas instalações, quer o próprio festival gastronómico “são fruto do esforço de uma pessoa a quem muito todos devemos, o antigo director Santos Costa”, sublinhou o actual responsável. Para Henrique Dias, a homenagem, a título póstumo, que será feita pela Câmara do Fundão, a Santos Costa “tem todo o mérito e será também replicada aqui na escola, com a atribuição do seu nome a um dos nossos auditórios”.
Outra das acções futuras, que o director da Profissional do Fundão pretende realizar, “é uma ligação mais estreita à Universidade da Beira Interior”. Para o responsável máximo pelo estabelecimento de ensino fundanense “é do interesse da escola esta ligação à academia”. Uma parceria que irá ter “com toda a certeza, acções conjuntas no sentido de melhorar o ensino”, reitera.