João Sentieiro, presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e Luís Mira Amaral, CEO do Banco BIC Português e antigo ministro da Indústria foram duas das várias personalidades que estiveram na Covilhã para participar na primeira Mostra de Ciência da UBI.
A iniciativa reuniu mais de duas centenas de docentes, investigadores, empresários e alunos num mesmo espaço e com objectivos concretos de discussão. Nesta organização do ICI estiveram representadas todas as partes interessadas na investigação e no desenvolvimento, mas também na transferência de tecnologia. Um dia repleto de apresentações e debates que serviu para fazer o diagnóstico ao que está a ser produzido pela universidade e também o que está a ser pedido pelo mercado de trabalho.
Ana Paula Duarte, vice-reitora da academia covilhanense e também presidente do ICI, lembra a importância deste tipo de eventos. A docente e investigadora começou por mostrar o que está feito até agora, em termos de ciência na UBI. Os passos futuros “vão no sentido de observar melhor este diagnóstico e decidir o que se deve fazer”. Um período de análise que contou também com a participação de empresários. Quatro dos 11 centros de investigação da UBI trouxeram até à academia, empresários com quem habitualmente colaboram. Uma forma de chamar também para dentro da instituição “parceiros importantes para as nossas actividades”, lembra João Queiroz, reitor da academia.
Momentos de debate que serviram para apontar novas formas de transferência de tecnologia e também, áreas em que a UBI pode colaborar de forma mais estreita com a indústria. A troca de opiniões e a própria maneira como a universidade “se está a relacionar com meio envolvente”, marcaram as opiniões positivas dos empresários. Neste fórum aberto a todas as entidades, a transferência de tecnologia e a passagem do conhecimento adquirido na academia para a prática empresarial foi um dos pontos mais marcantes. Novas relações e canais de ligação foram as principais necessidades apontadas, num dia em que se ficaram a conhecer possíveis novas áreas de investigação. Este tipo de parcerias são de “extrema importância para a UBI”, reitera João Queiroz. Nesse sentido, o ICI está já a pensar em futuras edições deste tipo de actividades.
João Sentieiro, Mira Amaral e Teresa Mendes, presidente do Instituto Pedro Nunes, foram alguns dos oradores que falaram sobre ciência nesta primeira mostra. Quer o presidente da FCT, que elogiou a iniciativa de UBI, até à responsável pelo Instituto Pedro Nunes, vieram à Covilhã dar a sua visão da ciência em Portugal e também mostrar alguns exemplos práticos do que se faz nas universidades portuguesas.
Para os responsáveis pela iniciativa, o balanço é “deveras positivo”, acima de tudo porque “resultam daqui novas linhas orientadoras, quer em temáticas de investigação, quer em formas de agir”, acrescentam.