Para uma “nova/velha crise, as mesmas receitas requentadas e inadequadas”, dizem os membros da distrital comunista de Castelo Branco. Segundo esta força política, “o aumento do IVA num ponto percentual para os três escalões é em si mesmo injusto e agrava as desigualdades sociais”, mas esse aumento “vem diminuir o poder de compra dos trabalhadores, dos pensionistas e reformados e dos milhares de desempregados do distrito de Castelo Branco que ainda este mês viram aumentar o seu número”.
Razões mais que suficientes para esta força política estar presente “no dia 29 de Maio, numa manifestação nacional”, que vai ter lugar em Lisboa. Para esta “luta”, os militantes comunistas pedem apoio a toda a população.
O mais recente encontro de trabalho dos militantes comunistas serviu para analisar o plano de austeridade que o Governo está a adoptar. Na óptica do PCP, “é caso para dizer que a crise é só para alguns. Isto porque, “enquanto se cria um novo imposto sobre os salários e pensões, os rendimentos de capital e da especulação bolsista ficam isentos deste imposto”, referem em comunicado enviado à Imprensa. Neste âmbito, um dos pontos que os comunistas mais destacam também é o de o investimento público continuar a ser focado no litoral, deixando de fora o interior do País. Para os membros do PCP de Castelo Branco, “o Governo de Sócrates continua a concentrar o investimento público em torno de Lisboa agravando ainda mais as assimetrias regionais, aprofundando a litoralização do País e votando ao esquecimento o debilitado interior como é o caso do distrito de Castelo Branco”.
Este “ataque aos trabalhadores e pensionistas” resulta numa penalização para o crescimento económico do distrito. Uma área marcada pelas micro, pequenas e médias empresas. Outro dos sectores que, segundo os comunistas, mais vai ser afectado, é o do comércio local. A acção de protesto, levada a cabo pela central sindical, CGTP, no próximo dia 29 de Maio, vai assim contar com a presença de uma representação do distrito.