Do plenário de trabalhadoras resultou o adiamento da rescisão de contractos, por mais uma semana. A decisão foi tomada em reunião de funcionárias logo após as informações das entidades sindicais.
A empresa de confecções, localizada no Fundão, está a atravessar um processo de falência. Há cerca de sete meses que uma centena de pessoas não recebem salários. A fábrica entrou em processo de falência e até que o plano de viabilização seja aprovado, a situação das funcionárias está por decidir. Em declarações à Rádio Cova da Beira, Luís Garra, dirigente sindical, manifestou o seu desagrado pela actuação dos responsáveis da empresa. Garra questionou ainda “como é possível estar sete meses para tomar uma decisão”.
O actual administrador da “Proudmoments” acabou por dizer que o plano de viabilização apresentado aos credores está ainda a ser estudado por um fundo imobiliário. Depois da colaboração das funcionárias, através da suspensão dos seus contratos de trabalho, Luis Garra diz que a situação não se pode mais arrastar. Para a próxima sexta-feira, dia 21, está agendada nova reunião entre funcionárias, sindicado e administração, num encontro que “tem de ser decisivo”, sublinha o dirigente sindical. Ao longo de todo este período, a empresa esteve parada, e por isso mesmo, “a sua viabilização está, cada vez mais condicionada”. Garra continua a acreditar numa possível recuperação da “Proudmoments”, mas se tal não for possível, que seja tomada uma decisão final.
Para além do dirigente sindical, que continua a acreditar no futuro daquela confecção, também Manuel Frexes, presidente da Câmara do Fundão se mostrou disposto a continuar as diligências que têm sido feitas junto do Ministério da Economia.