O espectáculo teve o seu início pelas 16.30 horas, com a subida ao palco de alunos de iniciação da Banda Filarmónica da Covilhã, que tocaram músicas infantis do reportório de flauta de bisel.
De seguida, Bruno Silva apresentou pequenos trechos de gravações de músicas populares de alguns países do continente europeu, dando assim a conhecer aos idosos os vários tipos de músicas originárias daqueles países, ao mesmo tempo que eram colocadas as respectivas bandeiras no mapa representativo da Europa. Começou com Portugal e o fado, seguindo-se a Espanha com a sevilhana, França com muset, Inglaterra com green sleeves, Itália com tarantela, Alemanha com polka e cantarolês, terminando com os folclores da Bélgica, Holanda e Suiça.
O evento contou ainda com a participação de um grupo de alunos do 3º e 4º anos de canto do Conservatório Regional de Música da Covilhã, que cantou músicas infantis, acompanhados à viola pelo professor Dominique.
Este convívio comemorativo dedicado à música terminou com a actuação de um grupo de jovens dos três aos 11 anos, que com os seus violinos interpretaram mais uma vez canções populares infantis, acompanhados ao piano pelo também aluno daquele conservatório, João Barata. O público presente aplaudiu com grande entusiasmo as actuações dos pequenos artistas que participaram neste espectáculo comemorativo do Dia Europeu da Música.
No final, quem estava bastante satisfeita com as actuações era a vice-presidente da banda filarmónica da Covilhã, Margarida Robison, sublinhando que “as actuações foram muito positivas e trouxeram muita alegria a este espaço das idades. Deveriam haver mais iniciativas destas”. Aquela responsável acrescentou que “a importância da música para as gerações vindouras não deve ser descurada e deve-se apostar nela, pois a mesma impõe um sentido de responsabilidade e método que se irá projectar nas suas formas de estar e viver no futuro”.
Quem também estava bastante feliz com o evento era o responsável por este Espaço das Idades, o presidente da junta de freguesia de Santa Maria, António Rebordão, que comentou: “ Este evento foi um êxito, pois proporcionou uma ligação entre jovens e idosos, levando estes a poderem conviver com os seus netos e por sua vez dar a oportunidade a estes jovens de mostrarem os seus talentos aos mais idosos”. Para além disso, “foi um belíssimo espectáculo, ver jovens de tenra idade já a tocar violino com grande qualidade”. “Há de facto trabalho feito quer ao nível dos professores, quer ao nível da própria direcção do Conservatório Regional de Música”, sublinhou.
António Rebordão destacou ainda que “a atitude da direcção daquela instituição, quando em instalações deficitárias conseguem ensinar instrumento e canto a cerca de 500 jovens inseridos em diversas áreas escolares, de modo a permitir que no último ano apareçam verdadeiros profissionais”. “Tudo isto com poucos apoios, apenas com a carolice dos dirigentes e com a dedicação dos pais”, remata.