A Câmara Municipal da Covilhã, em conjunto com o Museu de Arte e Cultura, está a desenvolver um projecto intitulado por “Noites no Museu” onde oferecem aos habitantes covilhanenses uma noite diferente. No passado dia 6 foi a vez dos alunos da classe de guitarra da Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI) proporcionarem aos vários presentes um espectáculo musical.
O Museu de Arte e Cultura da Covilhã, para além da exposição permanente, Patrimonivs, conta também com diversas actividades espectáculos.Todas as primeiras quintas-feiras de cada mês promove “Noites no Museu”, que em Maio contou pela terceira vez com a presença da EPABI, num concerto que encerrou este ciclo de “Noites no Museu”. A escola conta neste momento com 93 alunos, que aprendem sempre dois instrumentos em simultâneo, sendo o piano o mais requisitado. A selecção dos alunos que participam nestes concertos é feita pela diferenciação de instrumentos. As obras em demonstração, divididas por partes e por grupos de três alunos, foram escolhidas pelo professor de guitarra, neste caso, Edgar Petejo. A escolha do reportório pretendia abordar todos os géneros musicais dentro da música clássica, música antiga, barroca e contemporânea, embora a última seja a mais importante, como explica o professor, pois «é a do nosso tempo, e as pessoas não gostam porque não ouvem» defende Edgar Petejo.
A EPABI, que se encontrava junto ao Jardim Público, dispõe desde Setembro de 2009 de novas instalações, junto ao complexo desportivo da Covilhã. Um espaço mais moderno, com melhores infra-estruturas e adaptadas às necessidades, que pretende responder às exigências que surgem no ensino profissional. Guitarra, violino, flauta, saxofone, são alguns dos instrumentos que se podem aprender a manejar na escola de artes. Sílvia Monteiro, directora pedagógica da parte artística da EPABI, conta que «é um orgulho imenso ver os meus alunos a tocar». Diz ainda que “a fusão entre a música e o museu faz todo o sentido». O grande objectivo destas iniciativas é dinamizar, “se conseguirmos proporcionar um serão diferente às 30 pessoas presentes já valeu a pena». Em relação a projectos futuros, «a finalidade será sempre e cada vez mais ligar a EPABI à cidade da Covilhã». João Amaro, aluno da EPABI, começou com cinco anos a estudar piano. Posteriormente, influenciado pelos amigos, começou a dedicar-se à guitarra. João defende que «estas iniciativas são importantes para educar o povo português. E é sempre uma experiência fantástica estar rodeado de tanta arte, ao mesmo tempo que tentamos fazer um pouco da nossa». Edgar Petejo, professor de guitarra na EPABI, afirma que os seus alunos se portaram «como profissionais, embora houvesse algumas falhas, mas pequenas». Para este professor “tocar num palco diferente, em ambientes diferentes, com público diferente, é muito importante”. Deixa ainda um conselho a todos os futuros alunos interessados: «A EPABI tem umas condições fantásticas para quem quer ser músico. E para se ser um bom músico, precisam apenas de trabalhar, trabalhar, trabalhar, ter bom gosto e paciência». Acrescenta ainda que «neste tipo de iniciativas, além de a adesão ser boa, devia de existir mais publicidade junto da comunidade covilhanense.»
Para promover o espaço a EPABI vai ter dias abertos com escolas convidadas a conhecer e ter experiências com vários instrumentos para, quem sabe, criar o gosto pela música.