No âmbito do I Congresso Nacional de Segurança e Defesa, decorreu no dia 3 de Maio, no Anfiteatro 8.1 da Faculdade de Engenharias da UBI, o Seminário “ Segurança Aeroespacial - opções e desafios para Portugal”.
A Sessão de Abertura iniciou-se com uma mensagem proferida pelo Magnifico Reitor da Universidade da Beira Interior, João Queiroz, que salientou a importância do evento: “Este seminário dá origem a uma nova era da relação entre a universidade e a sociedade, passando-se desta forma para uma parceria tecnológica entre as empresas e a universidade”. “Com estes eventos ajudamos a criar uma instituição tecnologicamente mais competitiva”.
A segunda intervenção, ainda, no decorrer da Sessão de Abertura, coube ao Presidente da Comissão Organizadora do I Congresso Nacional de Segurança e Defesa, Figueiredo Lopes, considerando este seminário “ uma iniciativa da sociedade civil” e na qual a organização tem por principal objectivo “ sensibilizar a sociedade para a questão da segurança e defesa nacional”. “É importante que o Estado e a sociedade se preocupem com novas ideias de protecção e com novas perspectivas de segurança nacional”, disse Figueiredo Lopes. Esta sessão de Abertura contou, ainda, com as intervenções do Presidente do Departamento de Ciências Aeroespaciais da UBI e do Presidente da Faculdade de Engenharia da UBI.
A primeira sessão deste seminário iniciou-se com o tema “ Poder Aeroespacial, Defesa Aérea e Segurança Nacional”, cujo orador foi o representante da Força Aérea Portuguesa, o Major Francisco Dionísio. “ O poder aéreo não são só bombas e mísseis”, dando mesmo ênfase ao facto de que “o poder aéreo é um motor de desenvolvimento, sendo uma área em que se deve apostar”. Questionado sobre o facto de o nosso país estar totalmente seguro, o Major Francisco Dionísio explica que “é quase uma questão filosófica responder se o nosso país está seguro. Nunca se pode falar de segurança a cem por cento. Mas de dia e de noite, o nosso espaço aéreo está a ser vigiado”. Esta primeira sessão encerrou com um debate tendo como o moderador o Vice – Presidente da Euro Defense Portugal, General Melo Correia.
A segunda sessão deste seminário teve como “mote” central a “Segurança Aérea”, e nela estiveram representadas as três principais empresas aeroportuárias nacionais. A primeira intervenção da tarde coube à TAP Portugal, que se fez representar pelo Comandante Carlos dos Santos Nunes. O tema da sua exposição centrou-se no “Desempenho da Tripulação ameaças à Segurança”. Mostrando a importância da palavra “segurança”, o orador considerou que “ depois do 11 de Setembro, a segurança passou a ser autónoma e a prevenção das ameaças à segurança após este dia tem funcionado de forma reactiva”.
O representante da ANA- Aeroportos de Portugal, Engenheiro Edgar Carvalho foi o segundo orador a intervir neste tema, abordando a temática da “ Gestão da temática “Security”. O ex - aluno da licenciatura de Engenharia Aeronáutica da UBI afirma que “o objectivo da ANA é gerir de forma eficiente as estruturas aeroportuárias”. “ A qualidade, a criação de valor e motivação dos colaboradores são outros aspectos de importância na nossa empresa”, disse Edgar Carvalho.
Esta segunda sessão terminou com a intervenção de Luis Trindade dos Santos, do INAC – Instituto Nacional de Aviação Civil, que fez uma abordagem ao tema da “Segurança na Aviação Civil: um vector conexo a uma segurança transnacional”. Relativamente a esta temática, Luis Trindade considera que “as medidas têm sido tomadas com forma de reacção e não de prevenção”. Os atentados nos Estados Unidos da América marcaram, também, esta exposição levando o representante do INAC a afirmar que ” após os atentados do 11 de Setembro, os aeroportos passaram do oito para o oitenta, no que respeita a segurança, mas penso que possa haver alguma desorganização”.
Este seminário teve ainda uma terceira sessão que contou com o tema central “Base tecnológica e Industrial de Suporte”, onde se debateu a utilização do espaço na segurança nacional, o contributo dos serviços internacionais de segurança para a constituição de um verdadeiro sistema de segurança operacional, os desafios e capacidades na segurança aeroespacial, e a segurança no transporte aéreo.
O evento contou com transmissão em directo através do site www.ubi.pt, e com contacto directo por correio electrónico, para quem quisesse participar. Sendo que, ao longo das três sessões, as participações vindas através deste meio foram bastante significativas.