No primeiro dia do ”GEAR – Sound and Interactive Media” estiveram presentes figuras ilustres como o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, assim como o reitor da UBI, João Queiroz, e o presidente do Labcom, António Fidalgo.
Catarina Jordão produtora do festival de som e interactividade revelou que “tudo começou porque queríamos divulgar a universidade e o curso”. A primeira sessão de conferências juntou vários especialistas internacionais como Bruce Pennycook e Jade Walker, da Universidade de Austin, Teresa Dilon da Polar Produce, Bronnac Ferran de Londres, Roger Dannenberg dos EUA, e a nível nacional, o professor da Universidade do Porto, Heitor Alvelos. As curtas exposições basearam-se essencialmente em mostrar o que se faz lá fora, e o que se tem cá dentro. Apesar de a interactividade ser um meio cada vez mais utilizado, as pessoas “mesmo em multimédia não pensam em interactividade, e por isso há que dar a conhecer a interactividade multimédia”.
A primeira exposição esteve a cargo de Bruce Pennycook da Universidade de Austin no Texas. Este mostrou a evolução da música criativa desde os seus primórdios até a actualidade. Actualmente é possível através de um bom programa misturar vários instrumentos numa só faixa, e é possível ter um estúdio virtual, onde não existe qualquer barreira para travar a criatividade e inovação. A segunda interveniente, Jade Walker, membro do College of Fine Arts, mostrou o projecto em que está evolvida. Uma casa de arte “ Visual Arts Center”, e os espaços diversificados que esta área acolhe, intimamente ligados com a interactividade.
Seguiu-se Teresa Dilon, membro da Polar Produce, que deu a conhecer ao público o NIP, New Interafaces for Performance, projecto em que o professor Rudolfo Quintas também está envolvido. Este projecto, que liga a interactividade com a arte, está a interessar em larga escala autores portugueses. Bronnac Ferran e Roger Dannenberg abordaram a interactividade, os seus desafios, e as suas competências. A encerrar a primeira mesa esteve o Professor Heitor Alvelos, que falou dos benefícios e das consequências da interactividade. “Projectos musicais servem para ajudar continentes em vias de desenvolvimento como África e Ásia”, afirmou o professor.
Noel Vieira, director de comunicação e produção do Gear, assegurou que “este festival foi totalmente organizado por alunos do curso de design multimédia, com a ajuda e coordenação do professor Rudolfo Quintas, especialista em multimédia interactiva”. “Houve muita colaboração, são pessoas que além disso pretendem divulgar o seu trabalho, caso contrário era impossível trazer esta elite ao GEAR.” Os apoios, nomeadamente da universidade a nível logístico, e do professor Paulo Serra, Presidente da Faculdade de Artes e Letras, ajudaram a tornar este evento possível”.
Este evento teve como principal objectivo juntar especialistas ligados ao som é ao multimédia. O futuro da música electrónica e das empresas e de outras entidades passa muito pelos media interactivos, como ficou patente no GEAR, afirmou Noel Vieira. Explicou ainda que a forma como se faz música agora, e como se fazia há 40 anos, é muito diferente, e cada vez evoluímos mais no sentido de produzir melhor instalações e melhor concepções artísticas, pois “em qualquer sítio se podem produzir coisas boas”.