As dívidas a fornecedores começaram a ter significado na Santa Casa da Misericórdia de Belmonte, quando os limites de pagamento destas acabaram por expirar. Uma situação que tem vindo a marcar as contas da instituição.
Para solucionar este problema, João Gaspar, provedor da instituição, pretende agora vender diversos imóveis, na Covilhã, Fundão, Belmonte e Amadora. Propriedades da santa casa que vão permitir, segundo este responsável, encaixar cerca de 300 mil euros. Segundo a Rádio Cova da Beira, a venda de sete imóveis foi aprovada na última assembleia-geral pela maioria dos irmãos da misericórdia. Com estas verbas “vamos solucionar alguns dos compromissos financeiros mais prementes”, adianta Gaspar à mesma rádio.
Este encontro ficou ainda marcado por algumas críticas feitas à actual direcção. Para além das dívidas aos fornecedores o PCP apresentou um requerimento na Assembleia da República, onde era sublinhada a falta de pagamento aos funcionários. O actual provedor negou tais factos referindo que está em atraso o pagamento de um subsídio de Natal. Para além deste assunto, outro tema abordado foi a ligação à “Ecodiesel”. A empresa que está agora em processo de insolvência contava com capitais da misericórdia belmontense. João Gaspar sublinha que já nada liga uma instituição a outra.