Ana Paula Duarte foi uma das cinco mulheres distinguidas com o prémio atribuído pelo Governo Civil de Castelo Branco e pela Coolabora, no âmbito da Semana da Igualdade. Uma distinção que resulta da carreira académica e também dos cargos de representação e gestão que tem vindo a ocupar no seio da instituição de ensino superior covilhanense. Esta docente e investigadora do Departamento de Ciências Médicas é também a primeira mulher a desempenhar funções de vice-reitora na UBI.
A professora e investigadora da UBI vê a distinção agora atribuída “como um exemplo para as restantes mulheres”. Confessa que durante toda a sua vida profissional nunca se sentiu discriminada pelo facto de ser mulher, mas sublinha que “em muitos casos isso não acontece”. Num período em que se assinala a Semana da Igualdade, Ana Paula Duarte espera agora conseguir mostrar “a todas as mulheres que os seus sonhos se podem concretizar”. Para além desse carácter exemplificativo, Ana Paula Duarte sublinha também a forma como foram distinguidas diversas mulheres da região. No leque das cinco homenageadas “encontravam-se mulheres com uma longa carreira, nas mais variadas áreas, que mereciam este reconhecimento”.
O júri deste evento, composto por Amélia Augusto, pró-reitora da UBI, pelo presidente da Associação Comercial do Fundão, pelo director da Revista A23, pelo director da ESART, pelo presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão e pelo director cultural do Cine Teatro Avenida distinguiu ainda uma outra mulher ligada à UBI, Antonieta Garcia, docente, historiadora e escritora. Em declarações à Rádio Cova da Beira, a docente do Departamento de Letras da academia covilhanense lembra que “se tem silenciado o trabalho e a colaboração de todas as mulheres no desenvolvimento da sociedade”.
Maria de Lurdes Pombo, presidente da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Castelo Branco, foi outra das galardoadas. Para esta responsável pela instituição de solidariedade social, este é “o reconhecimento de um trabalho que tem vindo a ser feito ao longo dos anos, que foi a luta política numa altura em que esta ainda era muito vedada à mulher, e lutar por causas sociais como a APPACDM”, acrescentou à RCB.
Maria do Carmo Gomes, antiga responsável pelo Conservatório Regional de Castelo Branco e Leonor Pinto, que abriu a Casa Portuguesa, em Barcelona, onde vende e promove produtos portugueses foram as outras duas mulheres distinguidas.
O galardão “Mulheres Notáveis” nasce da parceria entre o Governo Civil de Castelo Branco e a associação Coolabora. Depois de uma semana preenchida com exposições, debates e outras iniciativas, com o intuito de assinalar a Semana da Igualdade, a gala de atribuição dos prémios encerrou estas celebrações. Um evento que se pretende repetir nos próximos anos e assinalar as contribuições das mulheres do distrito na evolução da sociedade.