A conferência sobre a realidade ibero-americana contou com a presença de Marcos Palácios, da Universidade Federal da Bahia, Concha Edo, da Universidade Complutense de Madrid, e Sonia Padilha, da Universidade Metodista de São Paulo. O encontro teve como objectivo revelar a realidade da escrita jornalística online nestes países, comparativamente com o que se passa em Portugal.
No decorrer da apresentação defendeu-se que a Internet se tem revelado uma boa alternativa para a apresentação de notícias, embora apresente algumas limitações de acesso. Concha Edo disse que apesar do mundo digital em que vivemos, os jornais não perderam o seu valor, e no caso concreto de Espanha "a notícia manda na Internet", tendo conseguido bons resultados ao unir o papel e a Web.
No Brasil o webjornalismo «apresenta algumas especificidades». «Todos os grandes jornais e semanários nacionais e regionais possuem hoje versões online, e os jornais da chamada "grande imprensa" têm versões sofisticadas, sendo comparáveis à média dos grandes jornais internacionais», como assegura Marcos Palácios. Assim, a produção de versões online tem-se revelado uma saída viável para a sobrevivência de jornais locais, que tradicionalmente apresentam dificuldades crónicas de viabilização económica. Marcos Palácios, ainda relacionado com a sua apresentação, expôs o caso do polémico Blog " fatos e dados" da Petrobrás, uma das maiores empresas do mundo.
Para tentar explicar o impacto da Web na América do Sul, Sonia Padilha efectuou uma análise comparativa entre cinco webjornais. Comparou o jornal Clarin, da Argentina; La Nación, do Chile; El tiempo, da Colômbia; El País, do Uruguai; e El Nacional, da Venezuela. Os aspectos comparativos recaíram sobre as características gerais de cada um dos jornais e dados históricos; a apresentação da home page e designer; sobre a interactividade; hipertextualidade, multimedialidade e customização; memória e consulta de arquivos, e a nível do conteúdo. No ano em que o jornalismo na Web comemora o seu 15º aniversário, os convidados da UBI "asseguraram" que o futuro passa pelo Facebook, Twitter, Iphone, PDA, e pelo telemóvel que cada vez tem evoluído mais.

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