A nova peça do Grupo de Teatro Universitário da UBI (Teatr’UBI) abre o 14º ciclo. Uma mostra que vai fazer subir ao palco do Teatro Cine da Covilhã um vasto leque de grupos profissionais e amadores, com apresentações clássicas, “mas também com muitas novidades e estilos vanguardistas”.
A organização conseguiu, para este ano, um maior apoio da reitoria da UBI e contou com ajudas da Fundação Calouste Gulbenkian, da Câmara da Covilhã e do Instituto Português da Juventude (IPJ). Estas parcerias resultaram num crescimento de dias do ciclo. Segundo Rui Pires, da organização do evento, “o ciclo volta aos seus moldes normais”. No ano passado, precisamente pela falta de apoios financeiros, o ciclo esteve em risco de não se realizar. Embora tenha decorrido “foi apenas durante um curto período de tempo”.
Para esta edição, o grupo de teatro conseguiu suporte e vai trazer à Covilhã “um maior número de grupos profissionais”, bem como, um leque mais diversificado de espectáculos. Nas peças, que sobem ao palco entre 11 e 27 de Março, com interrupções a 14 e 24, há de tudo um pouco. Desde o teatro mais clássico, até à vertente mais experimental, passando por peças onde a participação do público faz parte do espectáculo. Rui Pires sublinha que esta é uma forma importante “de mostrar a maior diversidade possível de espectáculos”. Já no respeita à presença de mais grupos profissionais, o encenador do novo trabalho do Teatr’UBI esclarece que “isso se devem em grande parte ao apoio da Associação de Teatro e outras Artes (ASTA)”. Uma entidade covilhanense que tem vindo a ser parceira constante do Teatr’UBI.
“Empresta-me o teu coração” abre este ciclo, a 11 de Março, pelas 21.30 horas. O final do evento está marcado para dia 27, pela mesma hora, com um espectáculo da ASTA. Nesse dia, data em que se assinala também o Dia Mundial do Teatro, a entrada no espectáculo será gratuita.
Com um orçamento de aproximadamente 20 mil euros, o Grupo de Teatro Universitário da UBI espera agora uma maior presença de público na sala de espectáculos. Para além dos grupos covilhanenses vão também mostrar o seu trabalhos cinco teatros lisboetas e outros tantos grupos espanhóis. Rui Pires volta também a lembrar que “é mais fácil termos presentes teatro espanhóis e até latino-americanos, do que grupos portugueses”. O encenador garante que “todas as companhias de teatro nacionais foram convidadas, mas apenas quatro ou cinco se mostraram disponíveis para participar”. Pires não tem dúvida de que “ainda existe muito o estigma de que vir representar uma peça na Covilhã, no interior do país, não é vantajoso”.
Este ciclo começa então dia 11 de Março, pelas 21.45 horas, com a peça “Empresta-me o teu coração”, que vai estar em palco até dia 13. Segue no dia 15, com “A Lição”, um trabalho do Grupo de Teatro de Vieira de Leiria. No dia 16 é a vez da Companhia do jogo apresentar “Jorge” e depois, a 17 de Março, “As Cuñadas”, pela Aula de Teatro da Universidade de Santiago de Compostela.
No dia 18, regressam os portugueses ao palco. O grupo de teatro Cartuxo, de Lisboa, apresenta “Antes de Descobrir a Garganta”, uma peça onde participa um antigo aluno da UBI, natural de Alcains. Também de Lisboa, o “Fc-Acto” – Grupo de Teatro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, apresenta, a 19, “PYM”. Um dia depois, a 20 de Março, continuam as produções vindas da capital. “Éramos alguns e um coro” é a peça que o “Noster” – Grupo de Teatro da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa apresenta na Covilhã. A 21, o “NNT” – Novo Núcleo Teatro – Universidade Nova de Lisboa mostra “Tartarugas e Migração”.
A 22 de Março regressam as produções espanholas com La Función Teatro, de Granada. Um grupo que apresenta na Covilhã “Corazones Bilingues”. A 23, a Aula de Teatro Universitária de Ourense, “Maricastaña”, apresenta “Odisea Espacial”.
Dia 25 de Março, o Teatro Universitário do Minho mostra “O jornalista da vossa beleza” e a 26 é a vez do Cénico de Direito, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa apresentar “Os Visigodos”. A Associação de Teatro e Outras Artes (Asta) encerra o festival, dia 27, com a peça “Dia de Ilusão”.
Os bilhetes diários custam 1,5 euros, para sócios da Asta, Teatr’UBI e estudantes e três euros, para as restantes situações. O bilhete geral vai custar 15 euros para estudantes, e sócios das duas companhias organizadoras e 30 euros, para as restantes situações.