A manifestação que estava agendada para as 15h30 do dia 27 de Fevereiro, junto do GIR do Rodrigo, na Covilhã, foi adiada devido ao mau tempo que assolou Portugal no passado fim-de-semana. A forte chuva e o vento não deixaram sair às ruas as cerca de 250 pessoas esperadas pela organização.
Marisa Tavares, dirigente sindical, afirma que “apesar de ser muito importante as pessoas irem para a rua, não se justificava exporem-se a este temporal”. A dirigente sindical adianta também que quem iria ter a palavra no final da manifestação seria Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, e Luís Garra, presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa.
A empresa Carveste é uma das fábricas em dificuldades, onde o diálogo tem sido difícil, “mas existem outras empresas que não têm perspectivas de futuro e mostram alguma insegurança” confirma Marisa Tavares, lembrando ainda que a região é uma das mais afectadas a nível nacional no que diz respeito ao desemprego.
A dirigente sindical apela a medidas do governo para melhorar a situação do emprego no interior do país: “Já não é de agora que esta zona do país está a ser esquecida pelo governo, já é de há muito e isso tem-se vindo a verificar com desertificação a nível das pequenas aldeias, que se tem notado claramente”, invoca Marisa.
Organizada pela USCB-CGTP-IN a manifestação tinha como lema e objectivo “É hora de mudar! Mais emprego, mais salários, mais direitos, contra a precariedade e o desemprego”. Pretendia-se defender aspectos como o aumento dos salários, lutar contra a precariedade, soluções para criar emprego e combater o desemprego, resguardar a segurança social e sustentar o direito à saúde, à educação e á justiça.
O sindicato ainda não tem nenhuma data prevista para a manifestação que foi adiada, mas afirmam que vai depender das condições climatéricas.