A mostra decorreu do dia 15 de Janeiro ao dia 26 de Fevereiro, e o seu principal objectivo consistia na divulgação de artigos relacionados com as actividades do têxtil, encontrando-se entre o espólio documentos que vão desde 1690 até 1831.
Mas apesar de a exposição ter estado patente ao público durante mais de um mês, a afluência foi escassa. António Pires, assistente técnico do arquivo municipal, contou com algum desalento que os visitantes não foram além das poucas dezenas de pessoas, e concluindo que o público revela «um grande desinteresse no que diz respeito a este tipo de eventos».
Para António Pires aqueles documentos históricos «revelam a vida dos nossos antepassados» e são de grande valor histórico, constituindo provas de um modo de vida que hoje já quase desapareceu.
No próximo mês de Março haverá uma exposição com novos documentos, e espera-se uma maior adesão por parte do público. O património exposto resulta, entre outras coisas, de doações de particulares que oferecem documentos que estavam na posse da família para que estes sejam tratados devidamente e para poderem ser apreciados por outrem. Para manter o bom aspecto dos artigos é necessário mantê-los num depósito que está devidamente equipado para que estes não se degradem. No depósito histórico do arquivo municipal da Covilhã encontram-se vários documentos, desde documentos da paróquia a documentos relacionados com a cidade. Por causa da grande quantidade de artigos, é posto especial cuidado na organização. Todos os documentos, após serem tratados ou expostos, são arrumados em caixas devidamente identificadas, colocadas no depósito a uma temperatura de 18 graus e na presença de dois desumidificadores que garantem a sua sobrevivência no tempo.