Esta partida antevia-se como decisiva para o futuro dos dois clubes na Liga Vitalis. O Covilhã, a ocupar o penúltimo lugar, partia para este jogo com o objectivo de reduzir para apenas um ponto a distância para o Penafiel, o 14º classificado.
No onze inicial entrou Hammes, substituindo o castigado Steven Vitória e também Bellamssan, que rendeu Paulo Gomes. Para ajudar a equipa da casa, a entrada para o jogo de domingo foi de graça para as mulheres e para os sócios do clube e os adeptos corresponderam, superando o número habitual de espectadores presentes.
Ainda assim, apesar do apoio, foram os visitantes a dominar o primeiro tempo. Num relvado molhado e consequentemente mais rápido, os penafidelenses tomaram conta do jogo mas foi o Covilhã a primeira equipa a criar oportunidades de golo. Numa saída rápida para o ataque, N’Kake soltou Jorge Monteiro na direita, que em boa oposição, já perto da baliza, deixou-se desarmar. Pouco depois mais uma saída rápida, desta vez de Jorge Monteiro, que soltou Pimenta na esquerda, que novamente em boa posição é desarmado.
O Penafiel tinha mais posse de bola, mas os sucessivos cruzamentos e remates não criavam problemas. Depois de um livre junto à área do Covilhã, onde ficou a dúvida se a falta foi dentro ou fora da área. Aos 38 minutos, mais um livre directo, criou a única grande oportunidade do Penafiel no primeiro tempo. Vítor, o jogador mais perigoso até ao momento, bate bem na bola que ainda desvia no guarda-redes Igor antes de ir à barra, na recarga o capitão Ferreira também não aproveita.
Ao intervalo, em oportunidades o Covilhã até tinha vantagem, mas era o Penafiel quem dominava e o técnico covilhanense Nicolau Vaqueiro lançou logo no início da segunda parte Basílio e Paulo Gomes, deixando Sufrim e Bellamssan no balneário.
O técnico do Covilhã acertou em cheio e os primeiros 13 minutos do segundo tempo foram frenéticos. Logo no primeiro lance, Basílio acabado de entrar ganha uma falta na esquerda, Paulo Gomes cobra o livre e obriga o guarda-redes penafidelense Zé Eduardo a defender para canto. Na marcação do canto, Auri dá uma cabeçada indefensável, inaugurando o marcador. Estava feito o mais difícil, mas o Penafiel passado seis minutos mostrou que também tinha afinado a pontaria no intervalo e, depois de uma desmarcação exemplar de Josué (que iniciou a época no Covilhã), o experiente Carlos Carneiro completamente isolado na direita não perdoa e com um remate cruzado iguala o marcador.
Mas este jogo era fundamental para o Covilhã, que tinha ganho novamente o apoio dos adeptos e aos 58 minutos um ataque rápido pela direita, conduzido por Paulo Gomes, que cruzou de forma perfeita, com a bola a passar quer pelo guarda-redes e pelos defesas adversários e a sobrar para Jorge Monteiro que concluiu sem dificuldade.
Coube aos penafidelenses voltarem a responder, subindo no terreno e tentando pressionar mais, mas a procura do empate criou também espaços na zona defensiva dos visitantes e o Covilhã procurou sempre criar perigo. Apesar das tentativas, o Penafiel apenas criou perigo quando o Covilhã ficou reduzido a dez unidades aos 79 minutos, por expulsão de Basílio por duplo amarelo, devido a duas simulações entendidas como tal pelo árbitro Bruno Esteves.
Com os visitantes mais perto do empate que o Covilhã do golo da tranquilidade, os lances flagrantes surgiram já muito perto do final. Aos 90 minutos, novamente um livre bem marcado por Vítor obrigou Igor a uma defesa apertada. Já nos descontos, que foram seis minutos, uma bola para área acaba nos pés de Michel que em boa posição remate ao lado.
Vitória tanto de sofrida como de importante para os leões da serra, que assim se aproximam do Penafiel, estando apenas a um ponto da “salvação”, quando faltam dez jornadas para o final do campeonato.
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