“Na Covilhã, com a maioria PSD, a água privada = água mais cara”, é desta forma que começa o comunicado enviado à Imprensa, pela Comissão Distrital do PCP. Segundo os comunistas, “foi pela calada e sem aviso prévio, que o PSD na AdC e na Câmara da Covilhã agravou a situação económica dos covilhanenses e das suas instituições”.
Os comunistas começam por dizer que “apesar do tarifário de água, saneamento e resíduos da Covilhã ser o mais elevado do distrito e um dos mais caros do País, a maioria PSD, insensível uma vez mais às dificuldades dos covilhanenses, aumentou de forma brutal os preços a aplicar em 2010.
Na análise feita às tarifas da água, o PCP registou acréscimos que, no caso de um consumo doméstico de 10m3/mês, representam uma subida de nove por cento. Já no caso de um pequeno consumidor comercial, se gastar 20m3 de água, o aumento é de 11,7 pontos percentuais.
No caso das escolas e instituições sem fins lucrativos, as novas tarifas vêm ditar subidas na ordem dos oito por cento. Os dados emitidos pelo PCP sublinham também o aumento nas tarifas de requisição de um novo contrato. Os novos consumidores passam agora a pagar uma entrada inicial de 90,48 euros para a requisição de contadores, “mais cinco por cento”, dizem os comunistas.
No documento enviado aos jornais o PCP “condena veementemente estes aumentos, e exige a sua imediata revisão para valores de acordo com os aumentos salariais e a inflação prevista”. Esta força política relembra que estão por cumprir as promessas de criação de uma tarifa para famílias numerosas e de alargamento do primeiro escalão de consumo sem aumento de preços, no sentido de atenuar as crescentes dificuldades que os trabalhadores e os covilhanenses enfrentam.
Tais aumentos, “várias vezes superiores à inflação estimada para 2010 – 1,3% - contrastam com as promessas feitas no passado pela maioria PSD de que a detenção da maioria do capital das Águas da Covilhã por parte do município, associada à garantia de indexação do preço da água e serviços à taxa de inflação, seriam suficientes para evitar a prevalência do interesse lucrativo do parceiro privado”.
Os comunistas garantem que “só com o regresso da AdC para a gestão pública é que é possível evitar a “gula” dos privados e garantir a água a preços acessíveis à população num concelho onde ela não falta”.