A construção dos quartéis não obedecia a nenhum projecto, mas tinha que criar as mínimas condições para as unidades se instalarem no terreno.
Um quartel de companhia tinha as seguintes instalações: um comando, com gabinete para o capitão e servindo muitas vezes de sala de operações, e outro para a secretaria, onde trabalhava o primeiro-sargento, responsável pela parte administrativa; instalações para os oficiais e sargentos; casernas; cozinha e refeitório; posto de socorros; instalações sanitárias; posto de rádio e centro de comunicações; oficinas para as viaturas; depósito de géneros alimentares e de combustíveis; parada e mastro para a bandeira nacional.
A vida diária no quartel adaptava-se às situações de um clima de guerra, caracterizadas por diversas actividades: primeira refeição, içar da bandeira, formatura para a distribuição de serviços, trabalho da manhã, almoço, trabalhos da tarde, arriar da bandeira e jantar.
A cada distribuição do serviço, as unidades saiam para a rua para cumprir as operações de patrulhamento. Um dos aspectos mais marcantes do quotidiano no quartel era a alimentação dos militares portugueses, a qual era definida em termos calóricos pela Manutenção Militar, que estabelecia dietas-tipo, com quantidades de género por cabeça. No entanto, persistia uma dificuldade: a de fazer chegar esses géneros até às tropas e garantir o fornecimento de alimentos frescos. Embora não tenha sido regra geral, algumas unidades sofreram carências alimentares.
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