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Desmistificar a dislexia
Sofia Gabriel · quarta, 19 de outubro de 2022 · A sessão destinada a pais, encarregados de educação e professores foi uma atividade para assinalar o Dia Mundial da Dislexia, que se celebra a 10 de outubro. |
Dia Mundial da Dislexia assinala-se sempre a 10 de outubro |
21998 visitas Saber de que se fala quando se aborda o tema da dislexia foi o tema abertura da sessão que reuniu pais, encarregados de educação e professores, no passado dia 13 de outubro pelas 18h, na Biblioteca Municipal da Covilhã. A atividade integrada no Dia Mundial da Dislexia, que se assinala a 10 de outubro, contou com o apoio da editora Disbedo na divulgação e apresentação de materiais de estimulação da leitura e escrita para todas as crianças. Sendo outubro o mês de sensibilização para a patologia da dislexia em todo o mundo, o principal objetivo da apresentação dos materiais de estimulação da editora Disbedo foi “trazer algum ânimo às crianças, para que elas acreditem nelas próprias, vejam que são capazes, que apesar de se ter dislexia é possível todos conseguirem o que querem. Temos é de trabalhar mais, porque temos essas dificuldades, e é essa a mensagem que eu quero sempre passar: que todos conseguimos tudo”, afirma Maria Angelina Ribeiro, criadora da empresa de jogos para crianças disléxicas, Disbedo. Maria Angelina Ribeiro, antiga professora de educação especial, empresária e criadora da APAFID- Associação Portuguesa de Apoio, Formação e Investigação em Dislexia foi a oradora da atividade, e falou da necessidade de se criarem ferramentas e materiais de apoio para as crianças e adultos que sofram com esta patologia. “Quando eu descobri que tinha dislexia, achava que tinha como missão ajudar as outras crianças, já que não tive essa oportunidade, porque no meu tempo não se falava em dislexia. Então a associação surgiu porque achei que seria um propósito meu e também uma forma mais económica de ajudar e dar alguns acompanhamentos gratuitos.”, refere. A dislexia afeta crianças que, por diversos motivos, apresentam dificuldades de aprendizagem que se refletem na leitura e escrita e foi um dos motivos que levou Maria Angelina a criar a Disbedo, uma marca que produz e comercializa materiais, livros infantis e técnicos e jogos didáticos. “Relativamente aos jogos, eu deparei-me no meu percurso como professora de educação especial com o facto de não haver materiais suficientes que estimulassem a leitura e escrita de todas as crianças, então achei que com a minha experiência, fazia sentido dar esse contributo para ajudar quem precisasse”, explica Maria Angelina Ribeiro. Em Portugal, ainda que a incidência de crianças com dislexia em idade pré-escolar seja de cerca de 5%, é fundamental “acreditar e apoiar a criança, para que ela tenha uma boa autoestima e acredite nela. É importante e fazê-las ver que este problema não é impeditivo de conseguirem os sonhos ou os projetos que têm, e os que a rodeiam devem fazer tudo para que a criança consiga ultrapassar as suas dificuldades”, destaca Maria Angelina Ribeiro. |
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