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UNITA volta à UBI e apresenta o seu programa aos caloiros
Luís Diabão · quarta, 19 de outubro de 2022 · Integram o projeto, para além da UBI, outras cinco instituições de ensino superior europeias. |
Iniciativa decorreu entre os dias 17 e 18 de outubro |
21985 visitas A Universidade da Beira Interior voltou a receber nos passados dias 17 e 18 de outubro os seus parceiros da UNITA – Universitas Montium. Este evento teve como propósito apresentar o projeto aos mais recentes alunos da instituição e decorreu nas salas de aulas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e da Faculdade de Engenharias. Fazem parte deste projeto juntamente com a UBI a Universidad de Zaragoza (Espanha), a Université de Pau et des Pays de L’Adour e a Université Savoie Mont Blanc (França), a Università Degli Studi di Torino (Itália) e a Universitatea de Veste din Timisoara (Roménia). Na cidade estiveram presentes representantes das seis academias que constituem a aliança. Francisco do Adro, coordenador do gabinete da UNITA da UBI, explicou-nos o projeto: «A UNITA é uma aliança de Universidades Europeias única criada em 2020 que une universidades de língua românica, localizadas em territórios de baixa densidade, de alto relevo e perto de fronteiras». Através deste projeto os alunos poderão ir para outros países estudar dentro de três áreas científicas base: Herança Cultural, Energias Reutilizáveis e Economia Circuclar. Estes ramos de interesse transversal entre as universidades abrangem cerca de 165 mil estudantes em regime virtual, presencial e misto. De forma a ajudar na integração dos novos alunos da UBI, a UNITA apresentou um “nova forma de comunicação”, a inter-compreensão. Assim a comunicação passa pelo uso de expressões e palavras com a mesma raiz e significado entre todas as línguas latinas, para que o aluno não seja obrigado a utilizar o inglês. Esta inovação é organizada pela Universidade de Turim e está a ser ensinada a docentes, não-docentes e alunos que pretendam entrar no projeto. Contudo, para além deste aspeto curricular, o coordenador apresentou ainda a modalidade de mobilidade rural. Esta proposta «decorre sempre em localidades com menos de três mil habitantes e as candidaturas vão estar disponíveis no início da primavera». Para esta candidatura, é encontrado o maior equilibrio entre as necessidades dos parceiros rurais e o perfil do estudante. O estágio passa-se entre os meses de junho e setembro e dura entre três semanas e dois meses. O orientador das operações na UBI garante ainda que este programa está em crescimento: «No ano passado tivémos dois alunos estrangeiros. Este ano, a UBI alojou nove estudantes que vieram destas universidades». No entanto, há ainda planos para continuar a crescer. Francisco do Adro falou ainda em «agendar aulas de português para candidatos a estágio rural na UBI» e em próximas universidades a acrescentar aos quadros da iniciativa outras escolas, como por exemplo o Instituto Politécnico da Guarda. Kermit MacPhearson, representante da Universidade de Saragoça, escola que tem cerca de 20% de alunos em mobilidade, explica que «queremos ter 50% de estudantes vindos do estrangeiro, mas há ainda um longo caminho a percorrer». «Temos de promover essa mobilidade, para isso temos pedido aos alunos opiniões acerca dos acordos que temos», acrescentou o delegado da Universidade espanhola. Mesmo com estas sugestões, Kermit apresentou o que já se faz em Saragoça. Afirmou que as aulas são maioritariamente em espanhol, porém são uma academia "English-friendly" no sentido de dar aos alunos oportunidade de fazerem os testes e exames em inglês. Quando questionado acerca do futuro da UNITA, o representante espanhol contou que vão propor mais uma fase de quatro anos à Comissão Europeia e que o principal objetivo é "tornar o projeto sustentável no que toca a fundos da União Europeia no período de 10 anos, mesmo que a mobilidade seja sempre apoiada pela União Europeia. Falo em relação aos parceiros". Do outro lado dos Pirenéus, mais perto dos Alpes está a Universidade Savoie Mont Blanc que esteve representada na Covilhã por Marion Arnaud, que falou sobre a integração dos estudantes a França. "Em primeiro lugar, destacamos um estudante para ser uma espécie de tutor para um grupo de alunos estrangeiros», começou por dizer a representante, adicionando que há «um seminário para apresentar a universidade aos novos alunos». Para além disso há ainda uma forma original de integração: «Levamos os estudantes para as montanhas e praticamos desportos com eles". Contudo, nem tudo são rosas. Da UBI só têm um aluno, este ano e da Roménia nunca tiveram ninguém. Contudo Marion pode ter uma explicação para isso: "Só temos aulas em francês. Até damos oportunidade ao italiano de Turim, mas não damos qualquer curso de outra língua sem ser a inter-compreensão e isto é um grande ‘não’ para os estudantes estrangeiros". |
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