“Estou particularmente feliz e particularmente emocionado, porque eu recebi prémios de muito lado, mas este tem um significado único”, referiu Manuel Cargaleiro no final da cerimónia onde foi distinguido pela UBI na sexta-feira, 22 de julho, com o Doutoramento Honoris Causa.

Sublinhando o “prémio único”, o artista natural de Vila Velha de Ródão não tem dúvidas: “esta homenagem é o máximo que eu podia receber na minha vida. Felizmente que ela chegou aos 95 anos. Tem uma importância e significado enormes porque eu nasci na Beira Baixa. Eu sou de cá”, acrescentou.

“Pela sua obra, pelos seus valores culturais, na sua expressão humanística mais grandiosa, Manuel Cargaleiro é inquestionavelmente digno do reconhecimento desse grau”, lembrou Fernando Ferreira Pinto, advogado, doutorado em Ciências Jurídicas e docente da Universidade Católica Portuguesa, que foi o padrinho no galardoado.

“Estou absolutamente convicto que esta homenagem que a universidade da sua terra lhe presta calará muito fundo no coração do mestre. Assim é, porque se trata do justíssimo reconhecimento do que ele fez e do legado cultural que deixa nesta região”, reforçou.

Presente na cerimónia, o secretário de Estado do Ensino Superior considerou de “elementar justiça” a atribuição do Doutoramento Honoris Causa ao pintor e ceramista. Pedro Teixeira lembra que “não somos nós que honramos o mestre Cargaleiro, é o mestre que nos honra em se juntar à academia”.

O Reitor da UBI sublinhou que a distinção, que é uma “honra” para a instituição, foi aprovada por unanimidade. “A atribuição do Doutoramento Honoris Causa a Manuel Cargaleiro encerra com brilhantismo este ano lectivo da UBI. Honrar quem, pelo percurso de vida e dimensão artística, nos honra ao ingressar no nosso colégio de doutores fortalece-nos e dá-nos mais ânimo para enfrentar os desafios que se nos colocam no ano que se avizinha”, afirmou Mário Raposo.