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Investigadores do CICS-UBI contemplados com a Bolsa de Investigação Médica
Urbi · quarta, 31 de agosto de 2022 · @@y8Xxv O financiamento contempla um projeto inovador no combate a uma doença que se constitui como um dos grandes desafios clínicos e de investigação. |
Estudo será desenvolvido por uma equipa de investigação liderada por Sílvia Socorro |
22007 visitas A Liga Portuguesa Contra o Cancro, com o apoio da Gilette, atribuiu a Bolsa de Investigação Médica LPCC/ Gilette – Cancro da Próstata ao projeto MICROBIO-PCa de Bruno Jorge Pereira, urologista e professor convidado da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI) e membro colaborador do Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS-UBI). O estudo será desenvolvido por uma equipa de investigação liderada pela também docente e investigadora da UBI, Sílvia Socorro, da qual fazem parte também Cátia Vaz, Lara Fonseca, Sara Correia e Mariana Feijó, que tem vindo a estudar as peculiaridades metabólicas do cancro da próstata. O projeto conta com a colaboração de outros investigadores do CICS-UBI com vasta experiência na área da microbiologia, como Ana Palmeira de Oliveira e Carlos Gaspar, bem como de outros médicos do Serviço de Urologia do IPO de Coimbra, dirigido por Carlos Rabaça. O MICROBIO-PCa pretende investigar de que modo a população bacteriana presente no microambiente tumoral coopera com as células do cancro da próstata, fornecendo-lhes substratos energéticos e induzindo as alterações metabólicas que favorecem a progressão da doença. Este é um projeto extremamente inovador, cujos resultados permitirão estabelecer uma relação entre a população bacteriana, o perfil metabólico e as características histopatológicas do cancro da próstata, o que pode vir a ser utilizado no prognóstico clínico, e abrir caminhos para novas estratégias terapêuticas baseadas na análise integrada do bacterioma e do metaboloma. Um dos grandes desafios clínicos e de investigação no cancro da próstata é o desenvolvimento de estratégias que permitam controlar a progressão da doença para estádios mais avançados, nomeadamente, o cancro da próstata resistente à castração. Nos últimos anos, o bacterioma prostático tem vindo a ser caracterizado e algumas estirpes bacterianas presentes no microambiente tumoral foram identificadas como potencialmente envolvidas no desenvolvimento da doença. Contudo, desconhece-se se as bactérias que “coabitam” os tumores podem modular o comportamento das células da próstata, além do que possa ter a ver com o processo de infeção. |
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