O 2.º Ciclo de Matemática e Aplicações é uma das novidades da oferta formativa da Universidade da Beira Interior (UBI) para o próximo ano letivo. O novo Mestrado está já disponível para receber candidaturas – que se encontram abertas nesta altura –, permitindo aos diplomados opções de formação complementar em Informática ou em Economia e Gestão, áreas onde a Matemática desempenha um papel fundamental.

Este curso tem como objetivo formar mestres com conhecimentos avançados e competências que lhes permitam compreender, formular e resolver problemas, teóricos e práticos, com recurso aos métodos específicos da Matemática. Entre as saídas profissionais estão sectores como ciência de dados, logística e transportes, telecomunicações, estudos de mercado, banca e seguros, além do prosseguimento para 3.º ciclos de estudos em Matemática (e Aplicações).

O curso recebeu aprovação máxima da A3ES – Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior, tendo obtido a autorização de funcionamento de seis anos, o máximo previsto por lei.

Este 2.º Ciclo vem complementar a oferta formativa do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências, juntando-se aos 1.º e 3.º ciclos em Matemática e Aplicações. Assume-se, assim, como estratégico para a academia, servindo de ponte entre a licenciatura e o doutoramento.

“A estrutura curricular e o plano de estudos são adequados e muito bem concebidos”, de acordo com António Bento. O diretor do curso salienta que “os conteúdos programáticos de todas as unidades curriculares evidenciam a atualidade científica dos docentes, são exigentes e avançados, preconizando uma formação sólida”, acrescentando que as metodologias de ensino variam de acordo com a área científica, mas é sempre incentivado o trabalho autónomo”.

Os mestres em Matemática e Aplicações possuirão um conjunto de conhecimentos avançados, tanto em áreas centrais da Matemática com elevado potencial de aplicação (Análise, Álgebra, Geometria, Probabilidades e Estatística, Investigação Operacional), como em áreas onde a Matemática desempenha um papel fundamental. Entre estas encontram-se a Informática, Economia e Gestão, que lhes permitirão construir argumentos lógicos e dominar técnicas de demonstração matemática; modelar matematicamente problemas reais; resolver problemas formulados em linguagem matemática; analisar dados com recurso a ferramentas matemáticas e computacionais, interpretando os resultados com sentido crítico; desenvolver trabalho multidisciplinar; e comunicar ideias matemáticas.

De acordo com António Bento, o Mestrado “pode ser complementar a outros existentes em Portugal”, referindo que se trata de um fator “muito positivo”, pois auxilia na potencial mobilidade dos alunos e na homologação de estudos de diferentes universidades do país. “Essa compatibilidade também é mantida com alguns países europeus, conforme mencionado no relatório de pedido”, conclui.