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FCT promoveu na UBI uma sessão sobre "As Mulheres na Ciência"
Urbi · quarta, 1 de junho de 2022 · @@y8Xxv A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, encerrou a sessão. |
Elvira Fortunato, durante a sessão |
22001 visitas A Universidade da Beira Interior (UBI) recebeu a sessão “As Mulheres na Ciência”, integrada no programa nacional das comemorações dos 25 anos da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O evento centrou-se num dos temas de grande atualidade e serviu de mote para a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, salientar a forte intenção de trabalhar para promover a igualdade de género e a democratização nas áreas que são da sua responsabilidade. De acordo com o que manifestou durante a sessão que teve lugar no dia 26 de maio, esse objetivo passa por esbater as diferenças entre homens e mulheres, por exemplo, nos cargos de gestão. “Não é só ter o plano aprovado”, disse, referindo-se à igualdade de género. “É fazer o seguimento com metas e tentar diminuir as assimetrias que ainda existem, especialmente em cargos de gestão. Porque, de acordo com os números, até há mais mulheres no sistema científico do que homens, contudo, em cargos de gestão, isso já não acontece”, afirmou. “Há menos reitoras e presidentes de politécnicos. Há menos administradoras. Há menos mulheres a presidirem a conselhos gerais, conselhos de curadores e conselhos de gestão”, disse Elvira Fortunato que, na primeira visita à UBI, depois da tomada de posse do Governo, apelou: “Eu não irei desistir de tornar o país, a Europa e o mundo mais igual entre mulheres e homens. Peço que também não desistam, principalmente as jovens estudantes. Façam tudo para fazer aquilo que querem fazer”. Com esta intervenção, a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior encerrou uma sessão que foi aberta pelo Reitor da UBI, Mário Raposo. O Reitor congratulou a FCT pela opção de descentralizar a efeméride dos 25 anos deste organismo, “levando-a às instituições científicas que se encontram distribuídas por este país, divulgando a própria Ciência e indo ao encontro daqueles que a produzem, porque a Ciência é feita, antes de mais, por pessoas”. Atribuiu importância à Fundação “enquanto entidade que financia e zela pelos interesses da investigação científica que é feita em Portugal, criando condições para que o sistema científico e tecnológico nacional contribua para o incremento da competitividade e resiliência da economia portuguesa, com base na I&D, na inovação, na diversificação e especialização da estrutura do conhecimento”, mas também como “instância de difusão da Ciência portuguesa no mundo, promovendo a participação das instituições nacionais em projetos europeus, o estabelecimento de parcerias internacionais abrangentes e fortalecendo, assim, a competitividade das nossas instituições científicas. Sobre o tema da sessão na UBI, assinalou que nas últimas décadas registou-se um “aumento substancial” no número de mulheres cientistas em todas as áreas. “Nessa medida, é de toda a justiça que aqui sejam assinalados os avanços promovidos por mulheres nos diversos campos, o seu contributo para o progresso e os seus exemplos de determinação e excelência. No entanto, apesar do percurso feito, dos prémios ganhos e do prestígio alcançado, há, ainda, um longo caminho a percorrer no que respeita à paridade de género em tarefas de liderança, nomeadamente no sector empresarial, situação que merece uma profunda reflexão”, afirmou Mário Raposo. Seguiu-se uma tarde de intervenções diversificadas que contaram com Helena Pereira, Presidente do Conselho Diretivo da FCT, Ana Costa Freitas, da Associação Portuguesa de Mulheres Cientistas, Diana Maciel, Centro Interdisciplinar de Estudos de Género, ISCSP, Maria João Sequeira, FCT. Incluiu ainda a Mesa de Discussão, “Percursos de ciência no feminino”, moderada por Manuel Albano (Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG)), Claúdia Cavadas (Universidade de Coimbra), Lilian Barros (Instituto Politécnico de Bragança), Ana Paula Duarte (UBI), Cecília Roque (UCIBIO), Marisa Matias Carvalho da Silva (Universidade do Porto) e Carina Soares-Cunha (Universidade do Minho). |
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