A Galeria Professor António Lopes, na Covilhã, recebeu na tarde de terça-feira um debate organizado pela associação cultural Acesso Cultura e que abordou a envolvência dos agentes culturais em alguns temas fraturantes. O evento contou com o apoio do grupo covilhanense de artes, ASTA.  

Durante o debate foram abordados vários temas que se relacionassem com a cultura e notícias mediáticas mais recentes. O sociólogo, Jorge Fael salientou que "os agentes culturais têm que trabalhar para a paz", ou seja, são eles que difundem informação noticiosa e, como tal, têm um papel importante no que toca a temas sensíveis e suscetíveis à sociedade. 

Outro tema abordado foi no campo da política, onde os oradores falaram sobre os extremos do espectro político e a forma como podem influenciar os agentes culturais e vice-versa. Segundo o coordenador do Teatro Municipal da Guarda, Victor Afonso, "o equilíbrio entre a parte ideológica e artística é muito difícil", salientando este programador cultural que, hoje em dia, se um artista ao divulgar a sua ideologia política pode perder o seu trabalho.

No final da conferência ainda houve tempo para algumas questões com o público, relacionadas com as temáticas abordadas.

Além de Jorge Fael e Victor Afonso, a sessão contou com a presença participação de três oradores: Bruno Costa, docente do Departamento de Comunicação, Filosofia e Política da Universidade da BeiraI Interior, Jorge Fael, sociólogo e, Victor Afonso, programador e coordenador do Teatro Municipal da Guarda. Quem moderou este debate foi a docente e Presidente do Departamento de Letras da UBI, Ana Rita Carrilho. 

A promotora do ASTA, Helena Ribeiro, promete que em junho vai decorrer outra conferência com temáticas, convidados diferentes, num outro local diferente, que ainda está por definir. O objetivo é promover a cultura em diversos espaços culturais onde o conhecimento não ocupa lugar. A iniciativa acontece de 3 três em 3 três meses.