O Teatro Municipal da Covilhã apresentou no passado sábado o espetáculo “Gravity”, criado por Ricardo Runa, diretor artístico e coreógrafo residente da companhia de dança covilhanense Kayzer Ballet.

Trata-se de uma obra que, segundo o seu coreógrafo em declarações à Urbi et Orbi, trabalha “com a fusão entre a música clássica e o movimento contemporâneo”, explorando “a questão da liberdade e da fuga que têm vindo a pesar muito na sociedade”, com a “peça a tentar retratar essa raiva interior”.

“Gravity” insere-se num programa do Teatro Municipal da Covilhã que, desde a sua refundação, tem apostado bastante no território das sonoridades cénicas, como apresentado anteriormente no concerto de Francisco Cipriano ou na exposição “Inventário dos Frutos #4”. Ricardo Runa acredita que a sua peça encaixa perfeitamente neste contexto que o teatro tem apresentado, afirmando que “a programação que tem vindo a correr é diversificada e vasta” e que “é importante abrir os horizontes, ver coisas diferentes e experienciar coisas novas”. O coreógrafo abordou também a extensa gama de gerações presentes no público, explicando-a com o facto de a Kayzer Ballet tentar “sempre cativar toda a gente porque a dança é para todos”, reflexionando também que “o público que estava na sala refletiu que as pessoas gostam de ver coisas contemporâneas”.

A agenda de abril do Teatro ainda tem muitos eventos por apresentar. Dentro da música, ocorrerá um concerto de Dada Garbeck amanhã e outro de Sérgio Godinho no dia 22. Na área teatral, a ASTA apresentará a peça “A Lã e a Neve” no dia 28. Dois dias depois, “Nu Meio - Bailão”, criado por Filipa Francisco e Bruno Cochat, será a atração do teatro.