O Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, que começou em 1996 e nunca mais parou, deu palco a cinco curtas-metragens realizadas por estudantes de cinema da UBI. A sessão “UBIcinema produções”, que decorreu na passada terça-feira, dia 22, no auditório das Sessões Solenes do polo principal da UBI, apresentou os filmes: “Esfera” realizado por Vítor Gonçalves e Karla Cunha, “A Paragem”, de Maria João Almeida, “Da Capo”, realizado por Mário de Oliveira, “Teus Braços, Minhas Ondas”, de Débora Gonçalves, e “Fidalga”, de Flávio Ferreira.

As curtas-metragens, escolhidas pelos professores de cinema da UBI, focaram temáticas diversas, desde um encontro entre dois estranhos numa paragem de autocarro até um amor que ultrapassa o tempo. A vontade de incluir o cinema no Ciclo de Teatro Universitário não é nova, tendo edições anteriores incluído sessões idênticas. “A arte é isso mesmo, é a conjugação” defendeu Maria do Carmo Teixeira, uma das organizadoras deste ciclo e produtora da ASTA.

Com a sala cheia, a “UBIcinema produções” foi uma das 11 sessões, que compuseram esta edição da mostra teatral, organizada pelo TeatrUBI em parceria com a ASTA. Um evento criado com o objetivo de dar a conhecer o teatro universitário e as suas produções, conjugando-o com outras artes e atividades. O teatro universitário, com “um toque sempre mais experimental, é o sítio, por natureza, onde existe a possibilidade de não ter as preocupações profissionais e não ter as diretrizes de outros grupos”, explicou Maria do Carmo. A organizadora acrescentou ainda que o “teatro universitário é onde, por excelência, se experimenta, onde se fazem os clássicos, onde se reinventam os clássicos”.

O "Inspetor Geral" fez o público vibrar no dia 23. Humor e exagero animaram a noite de sábado, 26 de março.

Esta edição, que encerrou no dia 27, contou ainda com uma vertente solidária de apoio à Ucrânia. A entrada para as sessões era livre, com donativo voluntário em géneros ou espécie. “Isto [a guerra] está a acontecer neste momento, achámos que seria também a nossa contribuição para que a paz regresse”, esclareceu Maria do Carmo.