Os ministros devem ter formação na área do ministério que dirigem? O número de ministérios deve ser fixo?  São algumas das questões levantadas pelo livro “O governo de Portugal”, da autoria do politólogo Pedro Silveira. A apresentação da obra aconteceu na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UBI, na passada quarta-feira, dia 17.

Além do autor do livro, que também é docente na UBI e diretor da licenciatura de ciência política e relações internacionais, esteve presente António José Seguro, antigo governante e secretário-geral do Partido Socialista e atualmente professor na Universidade Autónoma de Lisboa e no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, que foi responsável pela apresentação e destacou vários pontos de interesse da obra. A moderação do evento ficou ao encargo do reitor da UBI, Mário Raposo, que teve a oportunidade de deixar alguns elogios à universidade e aos docentes formados na UBI.

Pedro Silveira abordou a relação das pessoas do interior com as instituições governativas e referiu que “há muitas vezes um desconhecimento que acaba por se acentuar no interior e o governo é, comparativamente com outras instituições, mais desconhecido, o que torna importante este tipo de trabalhos de divulgação científica, que visa trazer a política que é estudada pela ciência política para o conhecimento das pessoas”.

Na sinopse é referido que o livro “identifica e questiona alguns traços característicos do Governo de Portugal”. A obra, “em jeito de diagnóstico, sinaliza alguns problemas do executivo português à luz do papel dos governantes e dos governados”. O estudo defende que “um governo eficaz e responsivo necessita de cidadãos interventivos, logo, bem esclarecidos sobre o que significa governar”. O livro pode ser comprado por 3,15 euros no site da Fundação Francisco Manuel dos Santos, e noutras plataformas por valores variados.