Está patente, até dia 30 de março, a exposição "Uma Visita à História da Diabetes no Centenário da Descoberta da Insulina" na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI). A iniciativa assinala o avanço da descoberta que revolucionou a medicina no tratamento da diabetes. 

A insulina, hormona produzida pelo pâncreas, é responsável por controlar os níveis de açúcar no sangue. A diabetes ocorre quando o pâncreas não produz insulina adequadamente ou em quantidade suficiente para remover a glicose da corrente sanguínea para as células do corpo. 

Antes da descoberta da insulina, a esperança de vida de pessoas diagnosticadas com diabetes era pouca, devido a inexistência de um tratamento específico. Os indivíduos eram colocados em dietas que envolviam jejum e uma forte restrição calórica. Após 1921, a partir da sua descoberta, a insulina tornou-se o principal tratamento contra a doença, permitindo salvar milhões de vidas.

De acordo com o Presidente da Fundação Ernesto Roma e médico endocrinologista, Luís Gardete Correia, em declarações ao Urbi et Orbi, "o que acontecia antigamente é que as pessoas morriam ao fim de alguns dias ou semanas, pelo que a grande revolução da descoberta da insulina foi levar estas pessoas à vida e integrá-las na sociedade”.  “As pessoas passaram a saber gerir a sua própria doença, com o doente a autocontrolar e administrar o próprio tratamento”, declarou o médico. 

São apresentados na exposição, através de painéis, os principais marcos históricos - de 1500 A.C. no antigo Egito, com a primeira evidência encontrada até hoje sobre casos de uma doença semelhante à diabetes, até 1921, quando cientistas fizeram a descoberta da hormona. 

A exposição foi desenvolvida pela comissão executiva das comemorações do Centenário da Descoberta da Insulina em Portugal, composta por elementos que acompanharam mais de meio século da história da insulina, com o objetivo de comemorar o marco revolucionário no tratamento da diabetes.