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Francisco Cipriano apresentou “Simulation 1” à Covilhã
João Pedro Antunes · quarta, 16 de mar?o de 2022 · Obra mistura a música eletrónica e a percussão com as luzes e o espaço simulado em 3D. |
Francisco Cipriano no Teatro Municipal da Covilhã. Foto: TMC |
22000 visitas O Teatro Municipal da Covilhã recebeu na passada sexta-feira o espetáculo “Simulation 1”, interpretado pelo músico covilhanense Francisco Cipriano e composto pelo músico dinamarquês Tobias Pfeil. Este trabalho, creditado como uma criação artística de Cipriano e Pfeil, é um trabalho que funde a música com as luzes e a imagem. O mundo real e o virtual misturam-se por via da cooperação percussionista entre Cipriano e uma versão 3D de si mesmo. Esta obra vai buscar géneros musicais como o ambient e o drone de uma forma que pode fazer lembrar a alguns o álbum “Hair of the Dog”, de Gabriel Ferrandini. Segundo Francisco Cipriano, em declarações ao nosso jornal, “a premiére desta peça era para ter acontecido em abril de 2020, mas acabou apenas por acontecer em janeiro de 2022”. “A peça que apresentamos hoje é completamente diferente daquela que estava no nosso plano original”, esclarece o intérprete. Tobias Pfeil aprofunda essa ideia, mencionando que “a peça desenvolve-se um pouco mais cada vez que a tocamos, dependendo também um pouco do local onde ela é apresentada”. “Aqui, ela pareceu mais massiva, intensa e mística”. Esta foi a terceira vez que “Simulation 1” foi apresentada ao público, mas é a sua estreia na Covilhã, a cidade natal do intérprete.”É um enorme prazer tocar na minha cidade natal. Eu comecei a tocar aqui e é fixe ver como o meu caminho evoluiu cada vez que cá volto”, fez questão de referir Cipriano. A colaboração percussionista entre o real e o 3D foi uma das grandes ênfases deste espetáculo que Tobias Pfeil descreve como “uma peça baseada na realidade e no espaço simulado”. “Tentamos criar uma situação igual para dois tipos de realidades diferentes e fazer o público olhar para essas duas situações de perspectivas diferentes. Assim, a audiência fica com o sentimento de estar a presenciar uma ocorrência intermédia”. Francisco Cipriano acrescenta que “esta peça dá também uma especial ênfase ao erro humano”. “A máquina não erra, mas por outro lado, tem uma abordagem musical completamente diferente da minha”. Além desta data na Covilhã, “Simulation 1” foi também apresentado no O’culto da Ajuda (Lisboa, 22 de janeiro), Hoschulke musik und theatre (Hamburgo, Alemanha, 7 de fevereiro) e no Cine-Teatro de Idanha-a-Nova (13 de março). |
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