Os países europeus tiveram, nos últimos 20 anos, nove governos integralmente compostos por partidos liberais, três dos quais em coligação, concluiu o projeto de investigação intitulado “A composição e o impacto dos governos liberais no contexto da União Europeia”. Alguns resultados do projeto foram apresentados numa conferência realizada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, na passada quarta-feira, dia 9. O projeto decorre até Julho deste ano.

Na conferência, denominada “Liberalismo - das ideias à composição dos governos”, esteve presente o professor da UBI Bruno Ferreira Costa, coordenador da equipa de investigação, que na sua intervenção divulgou alguns dados sobre a composição e o impacto dos governos liberais no contexto da União Europeia. Seguiu-se a intervenção da professora convidada da Universidade do Minho Patrícia Fernandes, que analisou a história do liberalismo e enfatizou a diferença entre o liberalismo democrático e o liberalismo económico. O último convidado a intervir foi André Pinção Lucas, diretor executivo do instituto Mais Liberdade, que partilhou as ideias do instituto acerca do liberalismo europeu. Por fim, seguiram-se duas rondas para responder a questões do público.

André Pinção Lucas questionado sobre a relevância que o liberalismo pode ter na resolução dos problemas e necessidades do interior, pôs em evidência que “um dos pontos em que o liberalismo pode ajudar, é que defende a independência das instituições e descentralização do poder, isso passaria por dar mais poder ao interior, ter maior capacidade para desenvolver os seus investimentos e as suas iniciativas em prol daquilo que faça sentido na sua região”. Por fim, salientou ainda que a sessão “foi interessante, houve questões pertinentes, há aqui uma curiosidade e a principal forma de conseguir trazer as pessoas para essas ideias é começar pela curiosidade, é meio caminho andado”.

A equipa de investigação do projeto conta, além de Bruno Ferreira Costa, com nomes como Pedro Silveira, Hugo Ferrinho Lopes, David Amaro e Pedro Figueira. O projeto contará ainda com mais duas palestras, uma a 29 de Março e outra ainda com data a definir. Todo o projeto culminará num livro, que apesar de ainda não ter prazo definido, estima-se que seja publicado ainda este ano, no mês de dezembro.