Uma associação sem fins lucrativos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL), a LisbonPH, e um laboratório farmacêutico europeu, a Arkopharma, realizaram um webinar que teve como tema “a Fitoterapia na Construção da Saúde”. O método que estuda as funções terapêuticas das plantas esteve em debate na passada quinta-feira, dia 10.

Segundo Ana Raquel Varela, gestora de vendas na Arkopharma, o evento teve como objetivo “fornecer conhecimento científico sobre a fitoterapia, através de quatro painéis que abordam variados tópicos dentro desta temática, nomeadamente a aplicação da fitoterapia no dia a dia e a investigação de novos medicamentos à base de plantas, com o objetivo de prevenir e tratar algumas doenças”.

Durante a conferência foi abordada a realidade atual da toma de medicamentos à base de plantas, desmistificando-se alguns assuntos relativos à fitoterapia. “Não comprar estes medicamentos numa farmácia pode tornar-se um problema, porque numa ervanária não questionam o quadro clínico do utente e as possíveis interações que as plantas possam ter, acabando por prejudicar a sua saúde”, explicou Vitória dos Santos, especialista em aconselhamento farmacêutico na área da fitoterapia.

A aplicação de medicamentos à base de plantas na construção da saúde está a aumentar cada vez mais em Portugal, nomeadamente na faixa etária mais idosa, porque “são as pessoas que mais confiam neste processo”, afirmou Ana Rita Dias, gestora de saúde.

A fitoterapia é uma prática médica baseada na ciência e, portanto, distingue-se de outras abordagens mais tradicionais que não se baseiam em ensaios clínicos controlados ou em estudos biomédicos rigorosos.

O evento contou com a presença do presidente executivo da LisbonPH, Diogo Tonicher, da Ana Raquel Varela, gerente de vendas na Arkopharma, Fernanda Botelho, especialista em plantas medicinais na Scottish School of Herbal Medicine, Rita Serrano, investigadora no iMed. ULisboa, Inês Pires, diretora geral da Arkopharma, e Ana Rita Dias, gestora de saúde.