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Câmara da Covilhã recebeu conferência sobre igualdade de género
Inês Botelho · quarta, 9 de mar?o de 2022 · Inatel promove desafios 2030 das Nações Unidas. |
A conferência sobre a igualdade de género foi transmitida online |
21972 visitas “A agenda da igualdade de género é muitas vezes considerada uma agenda secundária ou acessória”, disse Graça Rojão, presidente da associação Coolabora, na conferência sobre género, organizada pelo Inatel. O encontro decorreu no salão nobre da Câmara Municipal da Covilhã, na passada quinta-feira, e contou com transmissão online. A conferência faz parte de um ciclo de 17 debates dedicados aos objetivos do desenvolvimento sustentável propostos pelas Nações Unidas em 2015. Estas propostas visam acabar com a pobreza e a desigualdade e proteger o ambiente, para que no ano de 2030 estejamos a viver num planeta melhor. A fundação Inatel já organizou 11 conferências, tendo esta contado com a presença do presidente da Câmara, Vítor Pereira, e o presidente do Conselho de Administração da Fundação Inatel, Francisco Madelino. Para além de Graça Rojão, estiveram também presentes Manuel Albano, vice-presidente da CIG - Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, Amélia Augusto, vice-reitora da Universidade da Beira Interior, e Célia Gonçalves, coordenadora do Projeto Queijeiras, direcionado para capacitar e empoderar as mulheres queijeiras. A igualdade de género foi considerada por todos os membros do painel um tema de extrema importância e que está intimamente ligado a todas os outros assuntos da agenda pública. Graça Rojão reforçou a ideia dizendo que “na maioria do território português não há muita consciência de como a igualdade contribui para o bem-estar de todas e todos”. Uma das soluções encontradas pelo painel para ajudar no tema da igualdade para as próximas gerações é a sua abordagem nas instituições de ensino desde o primeiro ano escolar. Amélia Augusto considera que existem questões extremamente importantes dentro deste tema, sendo a desigualdade de tempo de trabalho entre as mulheres e os homens um dos temas que acha interessante de perceber uma vez que “foi feita toda uma trajetória das mulheres na entrada no mercado de trabalho que não foi equivalente à entrada dos homens no espaço doméstico”. Durante as intervenções do público foi possível ouvir o testemunho de várias mulheres que passaram por situações mais difíceis. Entre os testemunhos, uma motorista da fundação Inatel contou como foi difícil e como teve de se adaptar ao ambiente da sua profissão por ser maioritariamente masculina. O prémio Inatel Sustentabilidade foi entregue a Olga Mariano, mediadora sócio-cultural, escritora e ativista pelos direitos da comunidade cigana. Houve também tempo para um momento musical proporcionado pelas Adufeiras da Casa do Povo de Paul. Estava programado a conferência terminar com uma sessão de encerramento presidida pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, mas não foi possível a sua presença.
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