A exposição “20 anos do edifício da Biblioteca Central” tem entre os seus  propósitos homenagear Jorge Sampaio, o antigo Presidente da República que a inaugurou em 2001 e comemorar os seus 20 anos  de existência.

 A UBI é simultaneamente uma instituição de ensino e um local histórico, pois parte das suas instalações resultam da recuperação de edifícios antigos com elevado valor histórico, cultural e arquitetónico para a cidade, como é o caso da Biblioteca Central. Dando resposta a essa necessidade de preservar o património, a UBI tem tido um papel importante como conta o diretor da Biblioteca Central da UBI, Luís Pires. “A UBI tem-no feito muito, esta tem sido uma ideia transversal a todos os reitores que é, tanto quanto possível, aproveitar edifícios existentes com algum valor de património ou histórico para depois de devidamente adaptados, servirem a universidade”.

Luís Pires considera que a preservação do património histórico tem benefícios. “A comunidade local vê edifícios históricos serem recuperados para um fim tão digno como este, associado à universidade. Por sua vez, a universidade também ganha porque se instala em edifícios históricos e com passado, não deixando  morrer a sua história e a importância que um dia tiveram na cidade. E a cidade ganha do ponto de vista estético”, explica.

O diretor da Biblioteca Central conta que apesar de a fachada do edifício da biblioteca se manter intacta, ao nível do funcionamento têm sido feitas diversas alterações, nomeadamente nos espaços interiores. Em sua opinião é necessário haver mais capacidade para receber os alunos. “A procura da biblioteca por parte dos estudantes não é uniforme durante o ano, há alturas em que existem picos de procura e outras alturas em que a procura é menor. Nesses momentos de pico, era necessário haver mais capacidade para receber os estudantes”. Adianta que estão a tentar arranjar uma nova sala, no sentido de responder a esta exigência, “estamos a tentar abrir uma sala, de forma a tentar aumentar a capacidade de resposta para as alturas de maior de procura”. Outro aspeto que o diretor gostaria de melhorar era a cobertura de Internet, pois de acordo com o mesmo, “a cobertura de WiFi da biblioteca não foi pensada para uma procura tão elevada”.  

Luís Pires considera que uma ‘boa biblioteca’ é aquela que está sempre pronta a servir a comunidade universitária. “Quando fui convidado para ser diretor da biblioteca aceitei o desafio sempre com a ideia de que o meu objetivo seria marcar a diferença pela utilidade da biblioteca. Acho que uma boa biblioteca universitária é aquela que está atenta às necessidades da comunidade universitária e que tenta dentro do possível responder a essas necessidades”, defende.

O responsável pela administração da Biblioteca Central deixa o convite a quem estiver interessado em visitar a exposição. “Diria que viessem ver um bom aproveitamento de um edifício histórico, que apesar de atualmente ter uma utilização muito diferente da que tinha inicialmente, pôde ser readaptado para esta nova função”.

O edifício da Biblioteca Central da UBI é um edifício do seculo XIX que serviu de residência à família Mendes Veiga e viria a ser adaptado a biblioteca entre 1998 e 2001 pelo arquiteto Bartolomeu Costa Cabral.

A exposição “20 anos do edifício da Biblioteca Central” poderá ser visitada durante todo o mês de novembro na zona da Portaria da biblioteca.