Na última sessão “Conversas à Tarde”, realizada no âmbito das comemorações do feriado municipal da Covilhã, o protagonista foi o debuxador, profissão que designa o artista responsável pela criação de desenhos para estampar tecidos.

O Museu de Lanifícios tem tido um papel ativo na preservação do património dos debuxadores. A diretora explica que além das duas exposições permanentes presentes na Real Fábrica de Panos e na Real Fábrica Veiga, têm sido organizados outros eventos como palestras e outras exposições centradas na temática. “O Museu tem organizado palestras e exposições temporárias focadas nesta arte de saber fazer. Além disso, preserva e disponibiliza, para investigação e estudo, coleções muito significativas de tecidos históricos, no Arquivo Histórico dos Lanifícios e através da base de dados online ARQUEOTEX, que conta com mais de 7500 amostras digitalizadas”.

De acordo com Rita Salvado, diretora do Museu de Lanifícios, o que distingue os debuxadores da Covilhã “é a sua capacidade de replicar tecidos superando os originais quanto ao preço ou à qualidade”.

Rita Salvado acredita que ao preservar o património deixado pelos debuxadores, a Covilhã poderá vir a tirar benefícios disso pois “a cidade poderá fortalecer a sua cultura industrial e ganhar novas dinâmicas, como por exemplo de turismo, promotoras de desenvolvimento”, conclui.

A sessão “Conversas à Tarde” sobre “O que distingue os debuxadores da Covilhã?” contou com a presença da docente Elisa Calado Pinheiro, do engenheiro Alberto Alçada Rosa e com o reitor da UBI, Mário Raposo. O evento contou ainda com o apoio do Rotary Club da Covilhã.