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Hospital encantado combate medo à bata branca
Jéssica Filipe · quarta, 29 de setembro de 2021 · @@y8Xxv Mais de cem crianças passaram pela XIV Edição do Hospital Faz de Conta (HFC), organizado pelo Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior (MedUBI). O evento que decorreu nos passados dias 25 e 26 de setembro tinha como principal objetivo mitigar o “medo da bata branca” junto dos mais novos. |
O evento decorreu no piso 0 do Serra Shopping, por onde passaram mais de uma centena de crianças |
22009 visitas O Hospital Faz de Conta regressou este ano para aquela que foi a XIV edição. Após um ano de interrupção devido ao surto de COVID-19, o evento teve lugar no piso 0 do Serra Shopping, entre as 10h e as 18h. Pela iniciativa passaram mais de uma centena de crianças que tiveram a oportunidade de levar os seus brinquedos ao médico. Entre brincadeiras, os “pacientes” passaram pelos diferentes consultórios e ajudaram os estudantes do Mestrado Integrado em Medicina no diagnóstico e tratamento das doenças de que sofriam. De acordo com Margarida Ornelas, Coordenadora Geral do Hospital Faz de Conta, esta iniciativa consiste numa atividade promovida pelo MedUBI, com a colaboração de outros cursos. A jovem de 22 anos acrescenta ainda que o HFC corresponde a um evento que traz grande diversão aos mais novos, mas tem um objetivo muito sério: “O de desmistificar, perante os mais pequenos, o “medo da bata branca” e tudo o que lhe é associado”. O piso 0 do Serra Shopping foi devidamente decorado para acolher um verdadeiro hospital encantado, onde as crianças tiveram a oportunidade de realizar um percurso pré-determinado, todo ele voltado para uma real situação de “ida ao médico”, por vezes tão temida. Os mais novos fizeram o papel de pais de um boneco que se encontrava doente e que pretendiam tratar, levando-o ao hospital, onde passaram por diferentes áreas hospitalares. “Desde a entrada num consultório médico, à sala de tratamentos, as crianças puderam acompanhar os seus bonecos até à imagiologia, ao internamento e ao bloco operatório”, explica Margarida Ornelas. A passagem pelo HFC não acabava aí. A iniciativa do MedUBI contou ainda com um teatro infantil, que na edição deste ano foi realizado com fantoches, centrado na divulgação das boas práticas de saúde. O surto de COVID-19, situação que ainda se faz sentir em Portugal, esteve na origem de algumas dificuldades sentidas na organização e realização do evento. A jovem estudante de medicina conta que “devido à situação pandémica precisamos de ter o distanciamento de segurança. A gestão do espaço tornou-se um pouco complicada, tendo em conta que o HFC precisa de um consultório, de imagiologia, do bloco operatório. Estas são as coisas que consideramos serem essenciais, uma vez que são as que as crianças utilizam mais vezes e ao ter estas três etapas confinadas num espaço pequeno tornou-se mais difícil conseguirmos manter a distância de segurança entre as crianças”. No decorrer do segundo dia do evento Margarida Ornelas, Coordenadora Geral do HFC, faz um balanço positivo da iniciativa: “Até à hora do almoço do dia de hoje já tivemos 113 inscritos, o que é excelente a meu ver. Muitas crianças que ontem estavam de passagem fizeram a incrição connosco e hoje já voltaram com o seu bonequinho para poderem cuidar dele.” Para esta aluna do quarto ano do Mestrado Integrado em Medicina, os resultados estão à vista: “Acho que estamos a conseguir concretizar o nosso principal objetivo que é eles gostarem, não terem medo e não verem a bata branca como um ‘bicho papão’”. O evento que se destinava aos mais novos era de participação gratuita, mas decorreu mediante uma inscrição prévia, de forma a garantir que todas as normas de segurança pública seriam cumpridas. As inscrições decorreram através do preenchimento de um formulário online, disponibilizado pelo MedUBI nas suas redes sociais e na página do evento. |
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